O Seminário
Maior Nossa Senhora da Conceição celebrou seu vigésimo aniversário de fundação.
De fato, a ocasião reclama uma celebração gaudiosa dada a relevância do que
este seminário significa para a formação do clero local, bem como sua reconhecida contribuição a formação dos
cleros de dioceses além da Província de Aracaju.
Era 7 de
outubro de 1994 quando Dom Luciano Cabral Duarte (arcebispo de Aracaju), Dom
José Palmeira Lessa (até então bispo de Propriá) e Dom Hidelbrando (Bispo de
Estância) acordaram em reunião na cúria metropolitana de Aracaju a criação do
Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. A medida buscava corresponder a uma
necessidade urgente. Pois, além da escassez de vocações a formação dos
vocacionados era fracionada em Seminários espalhados pelo país. Assim, a
fomentação da criação do Seminário em Aracaju afinava-se com a prescrição
canônica que afirma: “é dever e direito próprio e exclusivo da Igreja formar os
que se destinam aos ministérios sagrados.” (Cân. 232). Nesse ínterim,
considerando as exigências particulares de cada Igreja e visando uma formação
personalizada, o seminário local proporcionaria uma maior eficiência. (cf. Cân.
245 - §
2).
Desta forma, para
dar início as atividades do Seminário, na mesma reunião fora nomeado como
primeiro reitor, o padre Carlos Alberto (atual bispo de Itabuna/BA). De modo um
tanto improvisado, a primeira turma do seminário de Aracaju, constituído por
oito seminaristas,instalou-se no Convento São Francisco de Assis, cidade de São
Cristóvão. Com o aumento do número de
seminaristas, foi necessário transferir a sede do seminário do Convento em São
Cristóvão para a sede do Seminário Menor, no bairro Industrial de Aracaju; até
que no 2000 deu-se início a construção da sede na qual até hoje o seminário
está instalado, no bairro Lamarão em Aracaju.
O crescimento
do Seminário em números de vocações assim como organização estrutural e
acadêmica é fruto do crescimento de uma cultura vocacional na comunidade
católica de Sergipe. E, nesse sentido, a Oração
pelas vocações sacerdotais e religiosas escrita por Dom Luciano na
Sacristia da Capela São Salvador, centro de Aracaju, foi responsável por criar
essa cultura de promoção, abertura e manutenção das vocações. O povo pediu ao Senhor
da messe pastores segundo Seu coração e Ele assim lhe concedeu.
A Igreja
reconhece que a formação do futuro clero é uma tarefa para a qual se deve
dedicar atenção. Os tempos hodiernos, por sua complexidade, mais do nunca,
exigem essa determinada atenção. De modo que, no seminário a formação não se
ocupa em primeira instância com números de seminaristas, mas, sobretudo com a “formação
integral” dos candidatos - protagonistas da formação - ao sacerdócio
ministerial. Por isso cada seminário deve compor seu projeto formativo (cf. Ratio Fundamentalis, 2016, nº 10), isto é, um “itinerário” que
efetive as etapas pedagógicas da formação em suas dimensões, isto é,
espiritual, intelectual, humano-afetiva, comunitária e missionária-pastoral. Apesar
de todos os desafios, a vida comunitária no seminário dá testemunho da
fraternidade evangélica para a qual Jesus Cristo chamou os seus discípulos. O
seminário é o lugar para estar e se configurar a Cristo, o Sumo Eterno
Sacerdote. (cf. Hb. 2, 9).
Nesse sentido,
a celebração de aniversário do seminário significa a oportunidade de uma
reflexão, além de histórica, que busca dar cumprimento e continuidade a obra de
Cristo: um pastoreio segundo seu Sagrado Coração, como afirma a Pastores Dabo Vobis. (cf. nº 2). Atualmente,
além de formar os seminaristas da Aracaju, Estância e Propriá, estudam em nossa
casa os seminaristas de Grajaú/Ma e Itabuna/Ba. O corpo formativo é composto
com pelo padre Jefferson Pinheiro (reitor), padre Eugenio (Vice reitor e ecônomo),
o padre Pedro Vidal (diretor espiritual) e o padre Helelon Bezerra (diretor
acadêmico).
Para marcar a passagem do vigésimo quarto ano
de fundação e preparar os seus vinte e cinco anos, o seminário recebeu diversas
comunidades, grupos, apostolados e movimentos que abrilhantaram o momento.
No dia 2 de
outubro, presidiu a Santa Missa o bispo auxiliar de Fortaleza/CE, Dom Valdemir
Vicente. Esta presença muito significou tendo em vista que Dom Valdemir é
representante daquela primeira turma que inaugurou o seminário, Eleito em julho
do ano corrente, Dom Valdemir tornou-se o primeiro bispo formado neste
seminário. Na ocasião, pelas mãos de Dom Valdemir, com as respectivas licenças
dos seus bispos ordinários, na forma do rito, foram instituídos leitores os
seminaristas Josivan Luna (Grajaú-Ma), Leandro Flores e Lucas Rafael (Aracaju).
Na homilia, o bispo chamou a atenção dos seminaristas para necessidade de uma
perseverança vocacional pautada pela fidelidade ao Evangelho. A celebração, concelebrada
pelos padres reitor e diretor espiritual da casa, bem como pelos padres Aécio
Cruz, Jailson Bezerra e Valdson, contava com religiosas, membros da pastoral
carcerária arquidiocesana, seminaristas e alguns dos seus familiares.
No dia 3, Dom João José, arcebispo de Aracaju, presidiu a celebração concelebrada pelo reitor, diretor espiritual, além dos padres Rubens e Joselito Santana. Na mesma celebração o arcebispo admitiu às ordens sacras o seminarista Alberlan Rodrigues. A admissão as ordens sacras reconhece o seminarista como candidato ao sacerdócio, por isso o rito prescrito pelo Pontifical Romano chama-lhe a uma preparação mais comprometida com o serviço à Igreja. A celebração foi animada pelo Coral da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, (do bairro Porto Dantas, Aracaju) e contava com a presença de leigos da paróquia Nossa Senhora do Carmo (no Alto da Jaqueira), Sagrada Família (Pau Ferro), e ainda do SAV (serviço de animação vocacional) e do Serra Club.
No dia 4, Dom
Carlos Alberto, celebrou a Santa Missa e recordou na homilia a história daquele
dia em que o seminário fora fundado. Ressaltou que o momento foi da grande
aprendizagem dadas as dificuldades dos primeiros momentos do seminário e
reconhecendo com gratidão chamou atenção para a continuação da missão de
formar. Os seminaristas, por sua vez, retribuíram-lhe em gratidão pela
contribuição de sua parte, pela presença, mas também pela passagem de sua
aniversário com uma singela lembrança.
Já no dia 5,
celebrou a Santa Missa o bispo de Grajaú-Ma, Dom Rubival, tendo como
concelebrantes Dom Giovanni Crippa (bispo de Estância), além do Padre Jefferson
e Padre Pedro. Na homília, Dom Rubival chamou a atenção para a urgência
missionária que deve marcar a vida dos vocacionados como resposta generosa ao
chamado que Deus faz a toda a Igreja. Destacou ainda a importância da relação
entre as dioceses no processo de formação comprometido com a fraternidade de
uma Igreja que vence as tendências ensimesmadas da modernidade. Ao final da
Santa Missa os fieis leigos da comunidade bem como membros do Movimento de
Cursilhos de Cristandade e das Equipes de Nossa Senhora assistiram a reprodução
um curta contando a história do seminário com entrevistas e dados históricos.
No dia 6,
encerramento das celebrações, Dom Giovanni Crippa celebrou a Santa Missa em
memória de Nossa Senhora, oferecendo-A em ação de graças pelo aniversário do
seminário e também pela passagem de seu sexagésimo ano de vida. Na ocasião concedeu
o Ministério de Leitor os seminaristas Danilo Santos e Romário. Concelebraram a
Santa Missa diversos padres da diocese de Estância, da Arquidiocese de Aracaju
e os padres do corpo formativo. A celebração foi seguida por diversas
homenagens e deu início a preparação dos vinte e cinco anos
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