terça-feira, 29 de agosto de 2017

Show Profetas que Cantam 2017




No dia 30 de setembro, o Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, realizará mais uma edição do Show Profetas que Cantam. Nesse ano, temos como lema: “Minh’alma canta ao Senhor” (cf. Lc 1,16), prepare a sua caravana e venha participar desse momento celebrativo. Confira nossa programação:

*Início com a Santa Missa às 17:30h;
*Abertura com uma breve encenação sobre Nossa Senhora Aparecida, logo após a Santa Missa;
*Show com os Profetas que Cantam e apresentação do Coral Nossa Senhora da Conceição;


*Os ingressos estão sendo vendidos pelos seminaristas e na portaria ao preço de R$:10.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A VOCAÇAO: UM ITINERÁRIO


Na última terça-feira, dia 22 de agosto, Dom Giovanni Crippa (Bispo da Diocese de Estância), realizou um momento formativo com os seminaristas do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. Em sintonia com o mês vocacional trouxe como temática para esse momento: A VOCAÇÃO. Confira na íntegra: 

A questão

“Aquilo que provêm de Deus têm geralmente uma forma inicial e ainda não uma forma bela e realizada. Deus atua segundo a lei da vida: ele toca e avisa, suscita um movimento; coloca uma semente, que germina e cresce na hora exata; insere no profundo uma forma que lentamente vai se revelando” (R. Guardini).
A história de Israel é um exemplo de itinerário começado e orientado por Deus e marcado pelo caminho dos homens.
O Reino de Deus não aparece como uma realidade realizada, concluída, acabada, parece mais a “um homem que espalha a semente na terra” (Mc 4, 26-27).
Deus atua sempre com os homens, dentro e com o ritmo dos homens. Deus não fica ao lado da nossa história, sua ação deve ser discernida, descoberta dentro da normalidade dos acontecimentos.
A vocação, ainda pareça a conclusão de uma procura - mas nunca o é -, é sempre um começo; ainda que feche um caminho, abre um novo; nunca é um ponto final, mas sempre um processo contínuo.
Na Bíblia, a vocação se apresenta como um caminho comum para todos (cf: Decálogo, Bem-aventuranças ...) e um caminho pessoal (as diferentes vocações). Ninguém é chamado a caminhar sozinho. A vocação pessoal, de cada um, precisa ser compreendida ao interno da vocação da comunidade; dela é transparência e a ela serve.



Um itinerário exemplar: a vocação dos discípulos (Mc 1, 16-20)

Este trecho evangélico nos mostra os elementos fundamentais da vocação:

·       a gratuita e livre iniciativa de Jesus: viu e os chamou;
·       o desapego da maneira precedente de viver: deixaram as redes e seu pai;
·       o seguimento: sigam-me: seguiram Jesus;
·       a missão: eu farei vocês se tornarem pescadores de homens.
Parece um caminho simples, obvio (chamado e resposta), sem desenvolvimento e sem história, mas a continuação do Evangelho mostra que não é assim.
a) O chamado de Deus
Nos relatos de chamado sempre encontramos três elementos fundamentais:
·      o pedido de Deus;
· a hesitação, a indecisão, a perplexidade, o transtorno e a pergunta da pessoa;
·       a resposta da pessoa chamada.
O chamado é sempre finalizado ao anúncio do Reino. Às vezes o chamado chega através do testemunho de outras pessoas vocacionadas (cf. Jo 1, 35-39; 1, 40-41; 1, 45-46). Segue o caminho de discernimento onde a pessoa interroga a Deus e a si mesmo (cf. Ex 3, 11; Jr 1, 6; Lc 1, 26-38). A resposta ao chamado deve ser um ato razoável (não racional) e meditado.

b) O desapego
O chamado de Jesus desenvolve dois movimentos: deixar e seguir que significam deslocar o centro da própria vida. Não existe seqüela sem êxodo o desapego.
O chamado é algo de novo, é desapego total e definitivo: os discípulos deixam o trabalho, pai, propriedade, família ... Este desapego precisa ser renovado cada dia, e é no dia a dia que se pode entendê-lo melhor.
O desapego:
·       exige uma motivação (Mc 10, 17-22) que implica: a partilha com os irmãos: “venda tudo, dê o dinheiro aos pobres”; a liberdade para o Evangelho: “venha e siga-me”. O caminho da vocação é um caminho de libertação que requer desapego de tudo para se concentrar naquilo que é essencial e importante;
·       leva a uma experiência de plenitude e não de esvaziamento, de ganho e não de perda. A resposta de Jesus à pergunta de Pedro é clara: “Vai receber cem vezes mais” (Mc 10, 30). A pessoa que vive o desapego evangélico se alegra pela comunhão com Deus e goza dos bens do mundo porque: está livre da ânsia de capitalizar e do medo de perder seus bens; vê no mundo e nas coisas do mundo um dom de Deus; aproxima-se das coisas a partir do seu valor e não para possui-las e explora-las acabando se tornar escravo delas.


c) O seguimento
Acolher o convite de Jesus não significa entrar numa condição de vida, mas num caminho que nos leva a compreender quem Ele é e aonde nos quer conduzir.
É possível compreender profundamente nossa vocação não no começo, mas no final de nossa vida. Mc 8, 31-33 nos mostra como no fim da vida Jesus revela seu rosto (de crucificado) e o verdadeiro rosto do discípulo. Durante o caminho acontece a crise. Pedro percebe que Cristo é diferente daquele que ele tinha pensado. A crise mais profunda não ocorre quando nós buscamos a Deus, mas quando o encontramos (cf. Abraão, Moisés, Jó, Jeremias ...). É a crise de quem empreende um caminho no qual mete em jogo a sua própria vida. Este é também o momento da luz, da verdade, do verdadeiro encontro. Pedro não sabia muito bem quem era Jesus, aonde o teria levado, mas seu amor por ele foi tão grande que renuncio ao próprio projeto para abraçar um novo.

d) A missão
“Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem com ele e para envia-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios” (Mc 3, 13-14).
Chamou os que desejava escolher: a nossa resposta não nasce de uma escolha intelectual, não se sustentaria; nem do cálculo porque, humanamente falando, apareceria absurda. O nosso sim segue a lógica do amor, a lógica onde não existem os porque, nem motivações ou explicações suficientes. O seu amor e o seu convite nos precedem no tempo e a nossa resposta é chamada a ser amor e gratuidade.
Para que ficassem com ele: somos chamados a ficar com ele, a viver uma experiência fundada unicamente na confiança. Ficar com ele por amor e não por interesse. Ficar com ele é a única garantia de sucesso.

Para envia-los: o amor leva à missão e a missão é a resposta livre ao amor gratuito. Ele envia, mas ele mesmo vá, junto. A missão, antes de ser uma tarefa a ser cumprida, é uma comunhão de vida com quem nos envia.










+ Dom Giovanni Crippa
Bispo da diocese de Estância

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Ser ou não ser? Existir!


Na era do cientificismo, da tecnologia, da globalização e da industrialização, tudo possui nuances pragmáticas. A informação, o lazer, as relações, a educação e o conhecimento estão sendo produzidos mecanicamente e com fins comerciais. O ser, porém, segundo essa lógica vigente, tem pouco espaço nas reflexões, haja vista que essa reflexão metafísica reclama elucubrações para as quais poucos estão dispostos a dedicar tempo.

Tantos dramas sociais estão originados em crises existenciais individuais que se reverberam numa espécie de contágio da consciência coletiva. William Shakespeare (1564-1616), dramaturgo inglês, na célebre peça “Hamlet” vaticinava a problemática numa questão sobre a possibilidade de ser ou não ser. Essa pergunta sobre o próprio ser toma, então, macro-proporções em todas as dimensões da vida porque põe os fundamentos da existência numa averiguação ontológica. Entretanto, muito embora seja uma provocação aguilhoada, quem se expõe aos seus riscos escreve os preâmbulos de uma trajetória que se encaminha para a indemnidade, ou seja, para um ressarcimento pelo esforço empenhado, para a plenitude. 
O filósofo francófono Jean Paul Sartre (1905-1980) assevera o contrário ao dizer que a existência precede a essência. Isto é, segundo Sartre é o existir que define a essência. Isso implica dizer que não existe uma natureza que configura a essência do homem. Entretanto, cada um, existindo, vai construindo, definindo a sua essência, livre e responsavelmente. O sujeito deveria ocupar-se em construir seu eu, enquanto gasta tempo perguntando-se sobre sua essência. Longe disso se experimenta náuseas. Parece absurdo? Sim, é! É exatamente assim que Sartre denominava a percepção da inexistência do ser no prospecto objetivo.

A honestidade, a responsabilidade, a verdade, valores e rótulos projetados nos outros, por exemplo, desde amantes e amigos até servidores públicos e políticos, às vezes, decepcionam e, à vista disso, o ser e a existência aparecem então como contrários: diz que “é”, mas instaura-se um vácuo na existência porque a manifestação do não-ser é impossível, restando então o nada. Isso é uma crise existencial. O ser é assenhoreado de um ceticismo albergando-se num desconforto espacial ao passo que se compreende como “eu” e, por conseguinte, no “outro”, até mesmo naqueles que nunca se ocuparam com as mais simples noções de ontologia.
Em tempos de divergências entre existencialismo e ontologia, vale lembrar que “o existencialismo é um humanismo”. É Sartre quem diz e assim intitula uma de suas obras.  Acreditar nisto coloca o sujeito frente ao ser, ao não-ser e ao existir. O que fazer com essas possibilidades? Construir! Se no pragmático mundo do virtual, da técnica, da corrupção, da falta de amor, da violência e da morte falta o ser, o homem ao fazer existir (-se), como sujeito real, artesanal, honesto, amante, pacífico e vital, enfim, parece encontrar o produto positivo de uma equação filosófica que se demonstra sutilmente na “lousa” pública que é a vida. Existir sem medo do ser cura a náusea, preenche o nada, provocando efeito valorativo em cada ação da existência do “eu” que migra da crise existencial para uma satisfação ontológica.










Seminarista João Kennedy  
Arquidiocese de Aracaju-SE
4º período de Filosofia.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Reze pelas Vocações!


SEMINARISTAS PARTICIPAM DO I SEMINÁRIO SERGIPANO DE DIÁLOGO INTERRELIGIOSO



Na tarde do dia 16 de agosto, o Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição participou do I Seminário Sergipano de Diálogo Interreligioso, realizado no auditório da Didática VI, na Universidade Federal de Sergipe, representado pelos seminaristas Adenilson Nascimento (2º ano de Filosofia) e Moisés Santos (4º ano de Teologia). 











A Mesa tinha por tema: “Conhecendo as representações religiosas em Sergipe, e inúmeras representações religiosas marcaram presença, a saber: a Igreja Católica (representada pelo pe. Christiano Silvestre), a Federação Espírita de Sergipe, o Islamismo, a Igreja Presbiteriana do Brasil, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Santo Daime, o Budismo, a Igreja Messiânica, a Fé Bahái, o Candomblé, a Wicca, a Umbanda, a Cultura Racional e o Vale do Amanhecer.

 Durante o tempo disponível, cada religião discorreu acerca da fé que professa e do caráter doutrinário que endossa e baseia tal crença. Fora do auditório, cada religião dispunha de um stand onde podia melhor apresentar as razões de sua fé. O espaço permitiu também assinalar algumas das mais dificuldades vivenciadas pelas crenças diante da intolerância religiosa e da falta de diálogo entre os adeptos das diversas denominações religiosas, caso que, segundo alguns representantes disseram positiva e esperançosamente, pode estar fadado ao fim com a iniciativa proposta por este Seminário. 
De fato, a ideia é nobre e talvez enriquecedora para a própria sociedade que vive segundo princípios meramente ateus. Com efeito, despertar uma consciência que saiba transcender para além de si mesma é, de certo modo, o papel da religião, que faz bem a qualquer indivíduo, permitindo ao homem ser bem mais que o imanente, ser cada vez mais ser.









Seminarista Adenilson
2° Ano de Filosofia
Arquidiocese de Aracaju-SE

terça-feira, 15 de agosto de 2017

VOCAÇÃO MATRIMONIAL


Deste dos tempos em que Deus criou o mundo, quis que o pilar central fosse a família. Temos nas Escrituras Sagradas três momentos que prova isso, são estes:

1- Deus criou o homem e a mulher, Adão e Eva, que podemos denominar família da criação; 2- Temos também a família de Noé, que podemos chamar de família remissão dos pecados; 3- Por fim, a principal de todas a Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José: família da salvação.


Olhando neste horizonte, podemos afirmar que a vocação matrimonial foi introduzida em nossos corações junto com a nossa criação e dessa vocação, origina-se as demais vocações.




Deste ponto acima citado, podemos afirmar que a família é divina porque foi instituída por Deus, apesar das dificuldades que a família atravessa nos tempos atuais. Podemos ir mais longe ainda a chegar dizer que a família não está em crise, esta por sua vez, se dá pelos indivíduos que formam as famílias hoje.
Vocação significa amor! Na família aprendemos esse significado em quatro sentidos: amor filial, fraterno, dos esposos e por fim o paternal e maternal.


Como filhos aprendemos a experiência de receber o amor dos nossos pais e como irmãos aprendemos a experiência da partilhar e dividir todas as necessidades pelas quais passamos.
Como marido e mulher conhecemos a experiência da entrega, mas também a doação, quando passamos para nossos filhos tudo que aprendemos com os nossos pais.
Concluímos dizendo que, a vocação matrimonial está dentro de nossos corações e dela se origina todas as vocações que conhecemos.




Jairo Argileu e Célia Almeida
Pastoral da Família
Arquidiocese de Aracaju-SE


domingo, 13 de agosto de 2017

ARCEBISPO REALIZA VISITA CANÔNICA

Ao entardecer da última terça-feira, 08 de agosto de 2017, o Arcebispo Metropolitano Dom João José Costa, iniciou sua visita canônica no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição.
























Na ocasião, o Arcebispo conversou, rezou, conviveu com os seminaristas e participou dos momentos comunitários, estando em tempo integral em nossa comunidade. Além disso na quarta-feira, realizou um momento formativo para toda a comunidade seminarística.


Na quinta-feira, encerrou a primeira parte da sua visita com a celebração da Santa Missa. Recordou aos seminaristas que retornará para continuar sua visita e atenderá os seminaristas estudantes do curso de Teologia, para assim, concluir sua visita canônica.

CONFIRA ALGUMAS FOTOS:














quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SACERDOTE: O HOMEM DA ETERNA UNIÃO


Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto (Jo 15,16). É com essa passagem bíblica dentre tantas outras que conseguimos vislumbrar o que seja o ministério sacerdotal. O sacerdote é aquele que foi escolhido por Jesus, não porque é o mais santo ou melhor dentre tantos outros, mas porque a ternura de Jesus o alcança de um modo inexplicável, mas tão profundo que é impossível não se render a este amor. Amor esse que se dá e se revela na liberdade humana e que tem a capacidade de plasmar, moldar, transformar uma vida e um coração humano diante de sua pequenez e fragilidade em um coração divino assim como o do mestre e pastor Jesus Cristo.

Olhar para o sacerdote é ver uma vida de renúncia, doação, serviço, entrega, sacrifício, contudo sempre envolto da graça de Deus, até porque sem ela nada poderia ser feito em totalidade. Principalmente diante de um mundo e uma sociedade egoísta, materialista, hedonista entre outras características que muitas das vezes levam a descredibilidade como alvo a ser atingido para assim deturpar a imagem do sacerdócio e perder sua força e credibilidade no mundo. Mas não olhemos para a fraqueza da qual todos estão propensos e tentados a cair, porém fixemos o nosso olhar para aquilo que é luz para a humanidade no ministério sacerdotal.


“O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus”, já dizia São João Maria Vianney, isso para explicar tão grande dom de Deus que é colocado e manifestado em meio a fragilidade humana. O sacerdote é a ponte entre Deus e o ser humano e é por meio dele que agindo em persona Christi, na pessoa de Cristo, que temos os diversos sacramentos, entretanto de modo especial o da Eucaristia e da Reconciliação, sacramentos estes que revelam a comunhão com Jesus de um modo admiravelmente lindo e profundo, onde o humano e o divino dão se as mãos, mas também onde a miséria humana é abraçada pela misericórdia divina. O que seria de nós sem a presença do sacerdote? Fica para reflexão pessoal.

A intenção desse texto aqui não é mostrar o sacerdote do ponto de vista teológico com suas teorias e estudos, nem tão pouco exaltar de modo sobrenatural, mas antes é mostrar essa eterna união que supera toda e qualquer imperfeição, esse tesouro que é depositado em vasos de argila, mas que sempre está à disposição para manifestar a glória e o poder de Deus. Portanto, rezemos pelos nossos sacerdotes para que sejam fiéis a missão a eles confiados, mas também para que muitos jovens se deixem tocar pelo chamado e a ternura divina e assim se coloquem com disposição e generosidade a vocação sacerdotal. Pelo amor de Maria, dai-nos santos sacerdotes ó Jesus.















Seminarista Tito Lívio
4° Ano de Teologia
Diocese de Estância-SE