Não fostes vós
que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e
produzirdes fruto (Jo 15,16). É com essa passagem bíblica
dentre tantas outras que conseguimos vislumbrar o que seja o ministério
sacerdotal. O sacerdote é aquele que foi escolhido por Jesus, não
porque é o
mais santo ou melhor dentre tantos outros, mas porque a ternura de Jesus o
alcança de
um modo inexplicável, mas tão
profundo que é impossível não se render a este
amor. Amor esse que se dá e se revela na liberdade humana e que
tem a capacidade de plasmar, moldar, transformar uma vida e um coração
humano diante de sua pequenez e fragilidade em um coração
divino assim como o do mestre e pastor Jesus Cristo.
Olhar para o sacerdote é ver
uma vida de renúncia, doação, serviço,
entrega, sacrifício, contudo sempre envolto da graça de
Deus, até
porque sem ela nada poderia ser feito em totalidade. Principalmente diante de
um mundo e uma sociedade egoísta, materialista, hedonista entre
outras características que muitas das vezes levam a
descredibilidade como alvo a ser atingido para assim deturpar a imagem do
sacerdócio
e perder sua força e credibilidade no mundo. Mas não
olhemos para a fraqueza da qual todos estão propensos e tentados a cair, porém
fixemos o nosso olhar para aquilo que é luz para a humanidade no ministério
sacerdotal.
“O Sacerdote é o
amor do Coração de Jesus”, já
dizia São João
Maria Vianney, isso para explicar tão grande dom de Deus que é
colocado e manifestado em meio a fragilidade humana. O sacerdote é a
ponte entre Deus e o ser humano e é por meio dele que agindo em ‘persona
Christi’,
na pessoa de Cristo, que temos os diversos sacramentos, entretanto de modo
especial o da Eucaristia e da Reconciliação, sacramentos estes que revelam a
comunhão
com Jesus de um modo admiravelmente lindo e profundo, onde o humano e o divino
dão se
as mãos,
mas também
onde a miséria humana é abraçada pela misericórdia
divina. O que seria de nós sem a presença do
sacerdote? Fica para reflexão pessoal.
A intenção desse texto aqui não é
mostrar o sacerdote do ponto de vista teológico com suas teorias e estudos, nem tão
pouco exaltar de modo sobrenatural, mas antes é mostrar essa eterna
união
que supera toda e qualquer imperfeição, esse tesouro que é
depositado em vasos de argila, mas que sempre está à
disposição
para manifestar a glória e o poder de Deus. Portanto,
rezemos pelos nossos sacerdotes para que sejam fiéis a missão a
eles confiados, mas também para que muitos jovens se deixem
tocar pelo chamado e a ternura divina e assim se coloquem com disposição
e generosidade a vocação sacerdotal. Pelo amor de Maria,
dai-nos santos sacerdotes ó Jesus.
Seminarista Tito Lívio
4° Ano de Teologia
Diocese de Estância-SE
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