ANO NACIONAL DO LAICATO- 2018
“Cristãos
Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”
“Sal
da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14)
A
54º Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 2016, teve como
tema central: “Cristãos leigos e leigas na igreja e na sociedade”. Tratou da
vocação dos cristãos leigos e leigas, verdadeiros sujeitos eclesiais e
corresponsáveis pela nova evangelização, tanto na igreja, como na sociedade.
O
Documento 105 da CNBB é a síntese da conferência, que nos leva a uma reflexão
sobre a participação dos “Leigos e Leigas” dentro da Igreja e na Sociedade. A
realidade pastoral e social de hoje nos convida a uma reflexão mais
aprofundada, e assim uma abertura ao tema do laicato. Abrir espaço de
participação, estimular a missão de todo o povo de Deus, que por meio do seu
testemunho, da santidade e da ação transformadora, exercem no mundo e na igreja
um papel importante.
Nossa
vocação está fundada em Deus e somos convidados por Ele à vivermos a perfeição,
pois professamos uma só fé, um só batismo, uma só salvação e temos a esperança
do mundo novo. Dessa maneira, não há desigualdade dentro do povo de Deus, assim
como é apresentado no documento Lumen Gentium, n.32: “Nenhuma desigualdade, portanto, em Cristo e na Igreja, por motivo de
raça ou nação, de condição social ou sexo, porque não há mais judeu ou grego,
escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus”.
A igreja é um só corpo que tem Cristo como cabeça e fundamento de toda a
vida, pois Ele nos chamou e nos conduz
ao seu encontro.
A
característica do leigo e leiga é a ação, como nos apresenta o Concilio
Vaticano II: “O caráter secular
caracteriza os leigos. (...) A vocação própria dos leigos é administrar e
ordenar as coisas temporais, em busca do reino de Deus. Vivem, pois, no mundo,
isto é, em todas as profissões e trabalhos, nas condições comuns da vida
familiar e social, que constituem a trama da existência. São aí chamados por
Deus, como leigos, a viver segundo o espirito do Evangelho, como fermento de
santificação no seio do mundo, brilhando em sua própria vida pelo testemunho da
fé, da esperança e do amor, de maneira a manifestar Cristo a todos os homens.
Compete-lhes, pois, de modo especial, iluminar e organizar as coisas temporais
a que estão vinculados, para que elas se orientem por Cristo e se desenvolvam
em louvor do Criador e do Redentor”.
O
Documento de Aparecida enfatiza que os “leigos
também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja”. Sobre isso se
manifestou Papa Francisco: “A imensa
maioria do povo de Deus é constituída por leigos. A seu serviço está uma
minoria: os ministros ordenados. Cresceu a consciência da identidade e da
missão dos leigos na Igreja. Embora não suficiente, pode-se contar com um
numeroso laicato, dotado de um arreigado sentido de comunidade e uma grande
fidelidade ao compromisso da caridade, da catequese, da celebração e da fé”.
Enfim,
o leigo e leiga como sujeito eclesial não são uma realidade pronta, mas um dom
que se faz compromisso permanente para toda a Igreja, em sua missão
evangelizadora, sempre em comunhão com os demais membros. Nisso estamos
motivados a sermos uma “Igreja em saída”, em chave missionaria, como nos ensina
o Papa Francisco.
Seminarista Rodolfo Lima Alves Diocese de Grajaú-MA 3º ano de filosofia |
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