Na
manhã dessa quarta-feira, 30 de novembro de 2016, presidiu a Santa Missa no
Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição Dom Giovanni Crippa, bispo da
diocese de Estância.
Na
ocasião, a Igreja celebrava a festa de Santo André que é tido como primeiro
discípulo, confira um pouquinho da história:
Antes
de serem discípulos de Jesus, André e João, irmão de Tiago, foram discípulos de
João Batista. Foi João Batista, aliás, quem apresentou Jesus a esses dois,
dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.” Os dois
foram atrás de Jesus. O encontro com o Mestre deve ter sido maravilhoso porque,
João, depois de mais de 60 anos, quando escreveu seu Evangelho, lembrou-se até
da hora em que ele e André encontraram o Mestre: “Eram quatro horas da tarde”.
(Jo 1, 35-40)
André,
juntamente com João, foram os primeiros a se tornarem discípulos de Jesus. O
fato de ter sido discípulo de João Batista mostra que Santo André era um homem
ligado à religião e estava em busca de algo mais. Depois de encontrar Jesus ele
faz questão de levar seu irmão Pedro até o Mestre afirmando "Encontramos o
Messias". Ele não guardou para si a graça de ter encontrado o Senhor. Por
isso, foi o primeiro discípulo a apresentar futuros discípulos a Jesus.
André
era indicado pelos próprios discípulos como o "segundo na
hierarquia", estando abaixo somente de Pedro, o líder escolhido por Jesus.
Nas listas dos Apóstolos citadas nos Evangelhos, André figura entre os quatro
primeiros. A Tradição diz que Santo André era mais velho que Pedro. Porém, não
se sabe era casado, como o irmão, ou se teve filhos. Sabe-se que, após seu
encontro com Jesus, deixou tudo para seguir o Mestre.
Santo
André é mencionado doze vezes no Novo testamento. Além de ser descrito como
primeiro discípulo, Santo André é citado no milagre da multiplicação dos pães.
É ele quem apresenta o menino que tem cinco pães e dois peixes. (Jo 6, 8-14).
Quando gregos pedem para ver Jesus, Filipe vai falar com André e André fala com
Jesus. O fato evidencia a autoridade de André. Santo André participou de toda a
vida pública de Jesus, viu todos os milagres que o Mestre realizou, ouviu todas
as suas pregações e ensinamentos. Experimentou a própria fraqueza fugindo
quando Jesus foi preso, mas experimentou também a alegria do perdão vindo de
Jesus ressuscitado e a força do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Tudo isso
moldou para sempre sua personalidade e ele se tornou um grande Apóstolo.
Logo
após a Vinda do Espírito Santo, Santo André ajudou a fortalecer a Igreja
nascente na Palestina. Depois, porém, partiu para anunciar o Evangelho em
vários lugares da região, fixando-se em Patras, na Grécia. Lá, formou uma
comunidade cristã forte, modelo para outras comunidades. Ali surgiu uma igreja
viva, rica em discípulos e missionários. Vários milagres aconteceram pela oração
de Santo André.
Porém,
ali também foi o local do seu martírio. Por causa do crescimento da comunidade
cristã, o governador local chamado Egéas, subordinado ao imperador Nero,
prendeu Santo André porque o santo afirmava que Jesus era um juiz mais
importante e acima dele (Egéas). O governador exigiu depois que Santo André
adorasse os deuses pagão da região. O santo negou e ainda afirmou que aqueles
deuses eram demônios. Por isso, Egéas condenou-o à crucificação. Santo André
aceitou a sentença com alegria, pois sempre pregou a grandeza da cruz de
Cristo. Antes de morrer, doou seus bens e suas roupas a seus carrascos e
resistiu dois dias de grande sofrimento pregado numa cruz em forma de “X”.
Antes de sua morte, uma forte luz envolveu todo o seu corpo e depois se apagou.
Era o dia 30 de novembro de 60. Em 357, o imperador Constantino, convertido ao
cristianismo, trasladou os restos mortais de santo André para Constantinopla.
Depois, essas relíquias foram trasladadas para Roma, onde estão até hoje,
guardadas na Catedral de Amalfi.
Na sua homilia, Dom Giovanni
ressaltou a importância do discipulado e as formas inusitadas que o Senhor nos
chama, as vezes, em situações pouco provável Ele nos convida a sermos seus discípulos.
Ao final da Santa Missa, o reitor do seminário
agradeceu a presença constante de Dom Giovanni e a alegria em recebê-lo na nossa casa de formação.
O mesmo agradeceu a acolhida e disse se sente parte dessa família.
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