domingo, 11 de setembro de 2011

"Ut unum sint" - "Que todos sejam um"

A obra de Maria ou Focolares, nome popularmente conhecido, teve início no dia 07 de dezembro de 1943, dia no qual Chiara Lubich pronunciou o seu “sim” a Deus. Durante a segunda Guerra Mundial, em Trento, sob os bombardeiros que destruíam tudo, Chiara encontra-se, juntamente com outras pessoas, em um abrigo subterrâneo e, ao abrir o Evangelho na página do testamento de Jesus, que diz: “Pai, que todos sejam um como eu e tu” (Jo 17,21), encontra uma resposta, um horizonte se abre pois, aquelas palavras pareciam iluminar a todos. O projeto de unidade passa a ser a razão de suas vidas, mudam radicalmente a maneira de viver a ponto de dizerem: “Se morrêssemos hoje, gostaríamos que em nossos túmulos fosse colocada uma única inscrição: ‘E nós acreditamos no amor’”. 
Chiara compreendeu a mensagem do Senhor e foi por todos os povos pregando o amor de Deus por nós, ela quis a unidade entre as pessoas, as gerações, as raças, os cristãos de várias as religiões. Chiara foi para nós aqui na terra aquela que acreditou que o caminho da Unidade entre os povos é o que nos leva para a civilização do amor. 
Aqui no nosso Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, temos a presença dos Focolares, alguns seminaristas participam destas reuniões que acontecem mensalmente. Nos encontros, meditamos a Palavra de Vida, que são os escritos de Chiara sobre passagens do evangelho; partilhamos experiências, buscando sempre vivenciar o amor recíproco, em que o mandamento de Jesus “Amai-vos uns aos outros” é essencial para que tenhamos Jesus em meio. 
 Podemos dizer que este movimento possui a “Espiritualidade da Unidade”, que consiste na realização daquilo que Jesus pediu na sua oração sacerdotal: “Pai, que todos sejam um como eu e tu” (Jo17,21). 
 E para nós, que almejamos a vida sacerdotal, se faz necessário cultivar, já no seminário, relacionamentos autênticos, redescobrindo a cada dia o Amor de Deus por nós e esse Amor deve traduzir-se em doação e serviço aos irmãos. O sacerdote precisa ser aquele semeador da unidade “para que todos sejam um”, e Deus esteja sempre em nós. Peçamos a Deus e á Nossa Senhora, Mãe da unidade, que nos ensine a amar, pois no amor está a unidade que Cristo deseja, e que possamos manter a chama deste carisma acesa e que, junto do Pai, Chiara interceda por nós no caminho da unidade!

Seminarista Edivado
Segundo ano de Teologia

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