Uma manhã marcada por oração, reflexão e muita animação. Assim está sendo o Simpósio Nacional das Famílias, que está sendo realizado em Aparecida (SP) neste fim de semana, 28 e 29 de abril. O Santuário Nacional espera receber mais de 200 mil pessoas no evento que está concentrado no espaço de eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.
O presidente da Comissão Episcopal para Vida e Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Carlos Petrini, que é bispo de Camaçari (BA), participou nesta manhã da palestra realizada pelo economista Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para o bispo, a maior dificuldade para as famílias nos dias de hoje é o crescimento de uma cultura que é diferente da cultura favorável à família.
Dom Petrini explicou que a cultura da família prevê sacrifícios em nome da pessoa que se ama. O homem se sacrifica pelo resto da família, a mãe se sacrifica pelo bem do filho, mas hoje o que se vê é o contrário. “Hoje, se for necessário, sacrificam-se outras pessoas, inclusive inocentes, para procurar o próprio bem estar”.
Para exemplificar, o bispo recorreu à recente decisão do Supremo Tribunal Federal em aprovar o aborto de bebês anencéfalos. “Eu, mãe, quero o meu bem estar e sacrifico não a mim para o bem do bebê, mas sacrifico o bebê com anomalia, que é inocente, para o meu próprio bem”, exemplificou Dom Petrini.
Nessa realidade, o bispo disse que as famílias acabam não compreendendo mais o sentido do amor. “Uma mentalidade que acaba sendo hostil e não compreende mais o que é o amor, porque o amor verdadeiramente é aquele em que se doa, como Jesus que se doa na cruz, na Eucaristia”, ressaltou o bispo.
O bispo de Camaçari reforçou ainda a necessidade das famílias se situarem na situação em que vivem e perderem a ingenuidade, para não se deixarem levar por caminhos ilusórios e errados. “Esta Peregrinação e todo o trabalho da Pastoral Familiar tende a oferecer elementos de compreensão do contexto no qual vivemos para que cada um possa ter mais elementos de decidir o que quer, porque se não acaba embarcando, vai numa direção achando que é o caminho de bem e da felicidade e na verdade ali é uma armadilha”.
Sobre o papel da Igreja nesta caminhada, Dom Petrini informou que o grande meio é a evangelização. “O caminho nosso é a evangelização. É reencontrar o desígnio de Deus sobre a pessoa, o matrimônio e a família e ajudar a mostrar como viver em uma família cristã é um modo melhor de viver o amor humano”.
Família
A professora Rita de Cássia Santos Borges, que está participando do Simpósio Nacional das Famílias ao lado de seu marido, o advogado Marcos Antônio Borges, acredita que essa é uma oportunidade de crescimento na fé e nos valores. O casal é coordenador da Pastoral Familiar na Paróquia Sagrada Família, em Curitiba.
Para o advogado, o Simpósio ajuda, inclusive, com as situações do cotidiano. “Crescimento espiritual, facilidade em lidar com os problemas do dia a dia”, ressaltou.
A professora completou destacando a possibilidade de levar um exemplo de família não só para seu núcleo familiar, mas para toda a comunidade onde vive. “A gente busca crescer a cada dia e ser exemplo para nossa família e para nosso grupo”, finalizou.
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