segunda-feira, 5 de março de 2012

ATO ACADÊMICO DISCUTE TEMA SOBRE A CULTURA DE PAZ



Na alvorada do terceiro milênio, a cultura de paz vem ganhando espaço em debates, reflexões, seminários e congressos, principalmente diante das guerras pelo mundo e perante a indiferença com o sofrimento humano. Perante esses fatos, o Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, como ato de abertura ao ano acadêmico, realizou um momento de reflexão no dia 27 de fevereiro, discuindo sobre “A Cultura de Paz e da não violência”, conduzida pela prof.ª Dr.ª Carla Jeane Helfemsteller Coelho, docente da área de filosofia do Seminário.  
A campanha da Fraternidade sobre a paz já passou, porém esta temática continua em mente por conta do desejo de paz por todos os seres humanos. A Campanha foi lançada em 2009, com o tema: “Solidariedade e Paz” e com o lema: “A paz é fruto da Justiça.” (Is 32, 17).


A professora Carla conduziu a reflexão de maneira dinâmica e vivaz, procurando demonstrar a necessidade de vivencia uma cultura de paz, principalmente nas pequenas atitudes do cotidiano.
Questionamentos como “o que é a paz” e “como se tem paz” foram colocados para instigar a reflexão, levando a concluir que todos tem o desejo de paz. Mas para se alcançar a paz é preciso combater o seu antônimo, a violência. Por conta disso, se questionava: “O que está por trás da violência?”.
Para responder a esta pergunta, a conferencista recorreu a ilustres pensadores como Mahatma Gandhi, com o seu pensamento sobre a violência: “Qualquer coisa que possa impedir a auto realização individual, não apenas atrasando o progresso de uma pessoa, mas também mantendo-a estagnada”. Recorreu, também, a Johan Galtung, norueguês e doutor em matemática e sociologia: “praticamos violência quando não consideramos a relevância das ‘necessidades básicas’, determinantes para a continuidade dos organismos vivos”.



Ainda neste âmbito, falou-se sobre os dois tipos de violência: violência física e violência passiva. O primeiro tipo é “o emprego da força física”; já o segundo é “aquela em que o sofrimento é de natureza emocional”. Em seguida, a professora Carla retratou que: “Cada um, à sua medida, tem a possibilidade de agir e criar aberturas no sistema da violência, descolar dele, reconhecendo o outro ser humana como seu semelhante”.


Diante de tudo isso, se foi dito que a Cultura de Paz é uma necessidade urgente para que possa preservar a sustentabilidade humana e planetária. Todavia, surge uma problemática que a conferencista colocou: como recusar a cultura da não violência e como realizar a cultura da paz? A professora ressaltou a conservação dos valores morais e éticos. Citou também elementos do Manifesto 2000, que trata da cultura de paz e não violência como: o respeito a vida, rejeitar a violência, ser generoso, ouvir para compreender, preservar o planeta e redescobrir a solidariedade.
Por fim, a professora Carla citou duas frases para o encerramento de sua conferência: “Sê, aquilo que tu queres para o mundo!” de Gandi e “Amai-vos uns aos outros” das Sagradas Escrituras.

Seminarista Alan de Jesus

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