segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

“Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” ANO DO LAICATO


ANO NACIONAL DO LAICATO- 2018
“Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”
“Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5, 13-14)

A 54º Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 2016, teve como tema central: “Cristãos leigos e leigas na igreja e na sociedade”. Tratou da vocação dos cristãos leigos e leigas, verdadeiros sujeitos eclesiais e corresponsáveis pela nova evangelização, tanto na igreja, como na sociedade.
O Documento 105 da CNBB é a síntese da conferência, que nos leva a uma reflexão sobre a participação dos “Leigos e Leigas” dentro da Igreja e na Sociedade. A realidade pastoral e social de hoje nos convida a uma reflexão mais aprofundada, e assim uma abertura ao tema do laicato. Abrir espaço de participação, estimular a missão de todo o povo de Deus, que por meio do seu testemunho, da santidade e da ação transformadora, exercem no mundo e na igreja um papel importante.
Nossa vocação está fundada em Deus e somos convidados por Ele à vivermos a perfeição, pois professamos uma só fé, um só batismo, uma só salvação e temos a esperança do mundo novo. Dessa maneira, não há desigualdade dentro do povo de Deus, assim como é apresentado no documento Lumen Gentium, n.32: “Nenhuma desigualdade, portanto, em Cristo e na Igreja, por motivo de raça ou nação, de condição social ou sexo, porque não há mais judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus”. A igreja é um só corpo que tem Cristo como cabeça e fundamento de toda a vida, pois Ele nos chamou e nos conduz ao seu encontro.
A característica do leigo e leiga é a ação, como nos apresenta o Concilio Vaticano II: “O caráter secular caracteriza os leigos. (...) A vocação própria dos leigos é administrar e ordenar as coisas temporais, em busca do reino de Deus. Vivem, pois, no mundo, isto é, em todas as profissões e trabalhos, nas condições comuns da vida familiar e social, que constituem a trama da existência. São aí chamados por Deus, como leigos, a viver segundo o espirito do Evangelho, como fermento de santificação no seio do mundo, brilhando em sua própria vida pelo testemunho da fé, da esperança e do amor, de maneira a manifestar Cristo a todos os homens. Compete-lhes, pois, de modo especial, iluminar e organizar as coisas temporais a que estão vinculados, para que elas se orientem por Cristo e se desenvolvam em louvor do Criador e do Redentor”.
O Documento de Aparecida enfatiza que os “leigos também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja”. Sobre isso se manifestou Papa Francisco: “A imensa maioria do povo de Deus é constituída por leigos. A seu serviço está uma minoria: os ministros ordenados. Cresceu a consciência da identidade e da missão dos leigos na Igreja. Embora não suficiente, pode-se contar com um numeroso laicato, dotado de um arreigado sentido de comunidade e uma grande fidelidade ao compromisso da caridade, da catequese, da celebração e da fé”.
Enfim, o leigo e leiga como sujeito eclesial não são uma realidade pronta, mas um dom que se faz compromisso permanente para toda a Igreja, em sua missão evangelizadora, sempre em comunhão com os demais membros. Nisso estamos motivados a sermos uma “Igreja em saída”, em chave missionaria, como nos ensina o Papa Francisco.

Seminarista Rodolfo Lima Alves
Diocese de Grajaú-MA
3º ano de filosofia 


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