sexta-feira, 19 de outubro de 2018

24 ANOS DE FUNDAÇÃO DO SEMINÁRIO MAIOR



O Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição celebrou seu vigésimo aniversário de fundação. De fato, a ocasião reclama uma celebração gaudiosa dada a relevância do que este seminário significa para a formação do clero local, bem como  sua reconhecida contribuição a formação dos cleros de dioceses além da Província de Aracaju.
Era 7 de outubro de 1994 quando Dom Luciano Cabral Duarte (arcebispo de Aracaju), Dom José Palmeira Lessa (até então bispo de Propriá) e Dom Hidelbrando (Bispo de Estância) acordaram em reunião na cúria metropolitana de Aracaju a criação do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. A medida buscava corresponder a uma necessidade urgente. Pois, além da escassez de vocações a formação dos vocacionados era fracionada em Seminários espalhados pelo país. Assim, a fomentação da criação do Seminário em Aracaju afinava-se com a prescrição canônica que afirma: “é dever e direito próprio e exclusivo da Igreja formar os que se destinam aos ministérios sagrados.” (Cân. 232). Nesse ínterim, considerando as exigências particulares de cada Igreja e visando uma formação personalizada, o seminário local proporcionaria uma maior eficiência. (cf. Cân. 245 - § 2).
Desta forma, para dar início as atividades do Seminário, na mesma reunião fora nomeado como primeiro reitor, o padre Carlos Alberto (atual bispo de Itabuna/BA). De modo um tanto improvisado, a primeira turma do seminário de Aracaju, constituído por oito seminaristas,instalou-se no Convento São Francisco de Assis, cidade de São Cristóvão.  Com o aumento do número de seminaristas, foi necessário transferir a sede do seminário do Convento em São Cristóvão para a sede do Seminário Menor, no bairro Industrial de Aracaju; até que no 2000 deu-se início a construção da sede na qual até hoje o seminário está instalado, no bairro Lamarão em Aracaju.
O crescimento do Seminário em números de vocações assim como organização estrutural e acadêmica é fruto do crescimento de uma cultura vocacional na comunidade católica de Sergipe. E, nesse sentido, a Oração pelas vocações sacerdotais e religiosas escrita por Dom Luciano na Sacristia da Capela São Salvador, centro de Aracaju, foi responsável por criar essa cultura de promoção, abertura e manutenção das vocações. O povo pediu ao Senhor da messe pastores segundo Seu coração e Ele assim lhe concedeu.
A Igreja reconhece que a formação do futuro clero é uma tarefa para a qual se deve dedicar atenção. Os tempos hodiernos, por sua complexidade, mais do nunca, exigem essa determinada atenção. De modo que, no seminário a formação não se ocupa em primeira instância com números de seminaristas, mas, sobretudo com a “formação integral” dos candidatos - protagonistas da formação - ao sacerdócio ministerial. Por isso cada seminário deve compor seu projeto formativo (cf. Ratio Fundamentalis, 2016, nº 10), isto é, um “itinerário” que efetive as etapas pedagógicas da formação em suas dimensões, isto é, espiritual, intelectual, humano-afetiva, comunitária e missionária-pastoral. Apesar de todos os desafios, a vida comunitária no seminário dá testemunho da fraternidade evangélica para a qual Jesus Cristo chamou os seus discípulos. O seminário é o lugar para estar e se configurar a Cristo, o Sumo Eterno Sacerdote. (cf. Hb. 2, 9).
Nesse sentido, a celebração de aniversário do seminário significa a oportunidade de uma reflexão, além de histórica, que busca dar cumprimento e continuidade a obra de Cristo: um pastoreio segundo seu Sagrado Coração, como afirma a Pastores Dabo Vobis. (cf. nº 2). Atualmente, além de formar os seminaristas da Aracaju, Estância e Propriá, estudam em nossa casa os seminaristas de Grajaú/Ma e Itabuna/Ba. O corpo formativo é composto com pelo padre Jefferson Pinheiro (reitor), padre Eugenio (Vice reitor e ecônomo), o padre Pedro Vidal (diretor espiritual) e o padre Helelon Bezerra (diretor acadêmico).
 Para marcar a passagem do vigésimo quarto ano de fundação e preparar os seus vinte e cinco anos, o seminário recebeu diversas comunidades, grupos, apostolados e movimentos que abrilhantaram o momento.


No dia 2 de outubro, presidiu a Santa Missa o bispo auxiliar de Fortaleza/CE, Dom Valdemir Vicente. Esta presença muito significou tendo em vista que Dom Valdemir é representante daquela primeira turma que inaugurou o seminário, Eleito em julho do ano corrente, Dom Valdemir tornou-se o primeiro bispo formado neste seminário. Na ocasião, pelas mãos de Dom Valdemir, com as respectivas licenças dos seus bispos ordinários, na forma do rito, foram instituídos leitores os seminaristas Josivan Luna (Grajaú-Ma), Leandro Flores e Lucas Rafael (Aracaju). Na homilia, o bispo chamou a atenção dos seminaristas para necessidade de uma perseverança vocacional pautada pela fidelidade ao Evangelho. A celebração, concelebrada pelos padres reitor e diretor espiritual da casa, bem como pelos padres Aécio Cruz, Jailson Bezerra e Valdson, contava com religiosas, membros da pastoral carcerária arquidiocesana, seminaristas e alguns dos seus familiares.



Da esquerda para a direita: Diác. Antônio; Pe. Valmir; Pe. Valdson; Pe. Jefferson; Dom. Valdemir; Pe. Pedro Vidal; Pe. Aécio;  Pe. Anderson Gomes; Pe. Jailson Bezerra e os três seminaristas leitores: Josivan, Leandro e Lucas Rafael.

       No dia 3, Dom João José, arcebispo de Aracaju, presidiu a celebração concelebrada pelo reitor, diretor espiritual, além dos padres Rubens e Joselito Santana. Na mesma celebração o arcebispo admitiu às ordens sacras o seminarista Alberlan Rodrigues. A admissão as ordens sacras reconhece o seminarista como candidato ao sacerdócio, por isso o rito prescrito pelo Pontifical Romano chama-lhe a uma preparação mais comprometida com o serviço à Igreja. A celebração foi animada pelo Coral da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, (do bairro Porto Dantas, Aracaju) e contava com a presença de leigos da paróquia Nossa Senhora do Carmo (no Alto da Jaqueira), Sagrada Família (Pau Ferro), e ainda do SAV (serviço de animação vocacional) e do Serra Club.






No dia 4, Dom Carlos Alberto, celebrou a Santa Missa e recordou na homilia a história daquele dia em que o seminário fora fundado. Ressaltou que o momento foi da grande aprendizagem dadas as dificuldades dos primeiros momentos do seminário e reconhecendo com gratidão chamou atenção para a continuação da missão de formar. Os seminaristas, por sua vez, retribuíram-lhe em gratidão pela contribuição de sua parte, pela presença, mas também pela passagem de sua aniversário com uma singela lembrança.

Já no dia 5, celebrou a Santa Missa o bispo de Grajaú-Ma, Dom Rubival, tendo como concelebrantes Dom Giovanni Crippa (bispo de Estância), além do Padre Jefferson e Padre Pedro. Na homília, Dom Rubival chamou a atenção para a urgência missionária que deve marcar a vida dos vocacionados como resposta generosa ao chamado que Deus faz a toda a Igreja. Destacou ainda a importância da relação entre as dioceses no processo de formação comprometido com a fraternidade de uma Igreja que vence as tendências ensimesmadas da modernidade. Ao final da Santa Missa os fieis leigos da comunidade bem como membros do Movimento de Cursilhos de Cristandade e das Equipes de Nossa Senhora assistiram a reprodução um curta contando a história do seminário com entrevistas e dados históricos.





No dia 6, encerramento das celebrações, Dom Giovanni Crippa celebrou a Santa Missa em memória de Nossa Senhora, oferecendo-A em ação de graças pelo aniversário do seminário e também pela passagem de seu sexagésimo ano de vida. Na ocasião concedeu o Ministério de Leitor os seminaristas Danilo Santos e Romário. Concelebraram a Santa Missa diversos padres da diocese de Estância, da Arquidiocese de Aracaju e os padres do corpo formativo. A celebração foi seguida por diversas homenagens e deu início a preparação dos vinte e cinco anos






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