quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Arquidiocese de Aracaju - Campanha da Fraternidade 2014

A Arquidiocese de Aracaju fará o lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2014 com uma entrevista coletiva com o Exmo. Revmo. Dom Henrique Soares da Costa, Bispo Auxiliar de Aracaju, dia 06 de março às 8h30 na Cúria Metropolitana de Aracaju. Já no dia 08 de março às 16h30 na Catedral Metropolitana, será celebrada a Santa Missa de Abertura oficial da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Aracaju.


Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)

Mensagem do Papa Francisco
Quaresma 2014





Queridos irmãos e irmãs!

Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A graça de Cristo

Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (CONC. ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).

A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).

Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf. Rm 8, 29).

Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

O nosso testemunho

Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.

À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiênicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diaconia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo.

O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.

Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína econômica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.

Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!


+ Papa Francisco



terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Aula inaugural 2014

Todos os anos, quando no início das atividades acadêmicas, o Seminário Maior promove, internamente, uma aula inaugural, a fim de se debruçar sobre um determinado tema. Este ano, o Padre Cláudio Dionísio (Arquidiocese de Aracaju) apresentou conceitos gerais sobre a moderna e contemporânea compreensão do homem. Aprendizado e inauguração anual de uma das mais importantes dimensões formativas, a intelectual.



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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Retiro espiritual - São Cristovão/SE



Em São Cristovão/SE, no Convento São Francisco, nos últimos dias 18, 19 e 20, ocorreu o retiro espiritual do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. As reflexões se concentraram em torno do sentido esponsal de Cristo e a Igreja. O Padre Pedro Júnior, da Arquidiocese de Feira de Santana/ BA, pregou todo o retiro.



Dentre as inúmeras características do sentido esponsal, aplicado a Cristo e a Igreja, o padre Pedro exortou os presentes acerca da eleição que o coração cristão deve fazer, ou seja, de Jesus como único Senhor. Lembrando a frágil condição humana, recordou a necessidade duma constante conversão, de uma diária escolha pelo Cristo esposo.

No itinerário do converso, dizia o pregador, o amor decisivo por Deus deve ser o norte de todos os desejos e escolhas, unido a frequente petição de libertação das más paixões, causadoras do enfraquecimento da relação entre Deus e o homem. 

“Como futuros esposos, os vocacionados ao sacerdócio devem imitar o Esposo por excelência (Jesus Cristo) [...]”, dizia o Padre Pedro.



Citando Dostoievski, pensador Russo, afirmou que a beleza salvará o mundo. Beleza que, para o cristão, deve ser buscada no mais Belo dos homens, Jesus Cristo, principal referência da vida do vocacionado. Tal beleza, fruto de uma constante e íntima união com Cristo, pode encantar o mundo, congregar, converter.


A Eucaristia, a caridade e a oração tomaram as últimas reflexões do retiro, a Primeira, refletida como Dom, Presente, Comunhão; a segunda, lembrada como a condição principal para uma vida cristã autêntica e a terceira, apresentada como o lugar de encontro entre Deus e o homem, lugar também de intercessão por todos, principalmente, quando no ministério sacerdotal. 


O retiro foi encerrado com a Santa Missa, presidida pelo Magnífico Reitor Padre Jânison de Sá.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Retorno às atividades formativas

No dia 17 deste mês, depois de cinquenta e cinco dias de férias, às 10h00, com a Santa Missa, o Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição iniciou suas atividades formativas. Além dos formadores, estiveram presentes padres de toda a Província Eclesiástica de Aracaju.




O Padre Jânison de Sá, reitor desta Casa de Formação, deu as boas vindas aos seminaristas, apresentando toda a equipe formativa. Na Homilia, lembrou que o Seminário é o lugar querido pela Igreja para formação de seus padres e que para tanto, a centralidade na Pessoa de Jesus Cristo é a condição principal para bem formar. Sobre as dificuldades encontradas pela formação e pelos seminaristas, frisou: “Formar ministros do evangelho nunca foi tarefa fácil, qualquer que seja a pessoa, qualquer que seja a época. O próprio Jesus teve que enfrentar a desconfiança de Natanael, a mania de grandeza dos filhos de Zebedeu, as tempestivas reações de Pedro, a intolerância religiosa de Tiago e João, a dúvida de Felipe, as rebeldias de Judas e a descrença de Tomé e formá-los para o discipulado missionário”.

Sobre a missão, citou a Evangelii Gaudium, do Papa Francisco: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos. [...] Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos tornam juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’” (Mc 6, 37) (EG, 49).

Concluiu a homilia citando as preciosas palavras do Papa Francisco sobre a formação: “[...] a formação é uma obra artesanal e não policial [...] temos que formar o coração. Do contrário formaremos pequenos monstros. E depois, estes pequenos monstros formam o povo de Deus. Isto realmente me arrepia”.





Este ano, oitenta e quatro seminaristas morarão neste Seminário, formandos da Arquidiocese de Aracaju, Diocese de Propriá, Estância, Penedo e Palmeira dos Índios.

Equipe formativa:

Padre Jânison de Sá (Reitor)
Padre Cristiano Santos (Vice-Reitor)
Padre Tony Santos (Ecônomo)
Padre Pedro Reis (Diretor Espiritual)
Padre Genivaldo Garcia (Diretor Acadêmico)





sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

RETORNO DAS ATIVIDADES DO SEMINÁRIO MAIOR NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Após dois meses e quinze dias de férias, onde os seminaristas realizaram a pastoral de férias e a convivência em seus lares, o Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição retornará as suas atividades em 2014. 


O pontapé inicial será dado no dia 17 de fevereiro de 2014, com a Celebração Eucarística, às 10h, na capela do mesmo seminário
Por fim, o Seminário Maior, casa de formação dos futuros padres da Igreja de Cristo conta com as orações do povo fiel, para que a sua missão seja concretizada: formar pastores segundo o Coração de Jesus.