segunda-feira, 26 de março de 2012

Audiência Pública em Aracaju: Liberação do Aborto


Aracaju será a terceira cidade no Brasil onde haverá uma Audiência Pública para discutir sobre a Liberação do Aborto, a data está marcada para 13/04. As outras aconteceram em São Paulo e Brasília.

Diante desse acontecimento, precisamos como Igreja nos mobilizar.

É importante que os discípulos de Jesus e os que são a favor da Vida se organizem, procurando saber local e inscrições, com urgência.

Divulgue para seus amigos!

 Fonte: http://paroquiadogrageru.com/audiencia-publica-em-aracaju-liberacao-do-aborto/

D. Odilo Scherer funda a União dos Juristas Católicos de São Paulo.


O cardeal D. Odilo Pedro Scherer fundou no dia 20 de março (terça-feira), a União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp).

A entidade, composta por professores, magistrados, advogados e integrantes do Ministério Público de São Paulo, tem como objetivo afirmar os princípios cristãos católicos na atividade judiciária, administrativa e legislativa do Estado, bem como difundir a doutrina social da Igreja, desde o direito à vida até questões de justiça social.

Durante a sessão solene de criação da entidade, D. Odilo Scherer disse que a Igreja deve compartilhar seus ensinamentos com a sociedade.

“A Ujucasp pode ser muito significativa. A Igreja chama todos os seus membros para uma missão, que é a de levar a palavra e a lógica do Evangelho à sociedade. Nós católicos temos muito a contribuir, e isso tem de aparecer de uma forma positiva, pois lutamos por causas justas.”

O cardeal afirmou ainda que a ideia de criar a Ujucasp decorreu da necessidade de um fórum adequado para realizar discussões de natureza jurídica que tenham repercussão religiosa.


O arcebispo de São Paulo nomeou a diretoria da Ujucasp, que tem como presidente o jurista Ives Gandra da Silva Martins. Ives Gandra manifestou alegria por compor a entidade. “Estou muito satisfeito com o convite de D. Odilo para fazer parte, junto de grandes amigos, da União dos Juristas Católicos de São Paulo. E posso garantir que saberemos defender a fé, com caridade necessária, mas falando da verdade na busca da justiça.”

Como vice-presidente foi nomeado o jurista Paulo de Barros Carvalho. Também compõem a diretoria o professor Nelson Nery Junior (diretor-tesoureiro), a consultora jurídica Ana Paula de Albuquerque Grillo (diretora-secretária) e o padre José Rodolpho Perazzolo (diretor-assistente eclesiástico).

Quanto aos cargos do Conselho Consultivo, foram nomeados Antonio Carlos Malheiros, Fátima Fernandes Rodrigues, Luiz Gonzaga Bertelli, Milton Paulo de Carvalho, Dirceu de Mello e Ricardo Mariz de Oliveira.

Também esteve presente no evento o presidente a OAB/SP, Luiz Flávio D’Urso,que ressaltou a importância da criação da entidade.

“Aplaudo a iniciativa, que é muito importante, pois congrega juristas que estão em pleno exercício das várias carreiras da Justiça e com objetivos comuns. Já me vinculei como sócio fundador da Ujucasp. Acredito que a constituição da justiça deve estar calcada no princípio de fé que comungamos.”

Entidades que congregam juristas católicos já existem em outros Estados do Brasil. Todas estão articuladas com a União Internacional de Juristas Católicos, com sede em Roma (Itália).

quinta-feira, 22 de março de 2012

Católicos são maioria no México e em Cuba


O Papa Bento XVI chega nesta sexta-feira, 23, ao México e na segunda-feira, 26, vai a Cuba onde ficará até a noite de quarta-feira, 28. A viagem acontece em meio às comemorações pelo bicentenário de independência do México e do quarto centenário da Imagem da Virgem da Caridade do Cobre, em Cuba. 

Em ambos os países, os católicos representam a maioria da população, de acordo com dados do Centro de Estatística da Igreja; no México os católicos são mais de 90% da população, quanto em Cuba, eles são pouco mais de 60%.

Dados da Igreja no México

O México tem uma superfície territorial de 1.958.201 km2, uma população de 108.426 de habitantes, dos quais, 99.635.000 são católicos, o que equivale a 91,89% da população. 

Segundo dados do Centro de Estatística da Igreja, de 31 de dezembro de 2010, no México existem 93 circunscrições eclesiásticas, 6.744 paróquias e 7.169 centros pastoriais. Os Bispos são 163; os sacerdotes 16.234; os religiosos e religiosas são 30.023; 505 são os membros dos institutos seculares; 25.846 são os missionários leigos e 295.462 os catequistas empenhados nas atividades apostolado. Os seminaristas menores são 4.524 e os maiores 6.495.

A Igreja Católica conta no México com 8.991 centros de instrução de todos os níveis, nos quais estudam 1.856.735 alunos e 1.822 centros de educação especial. Conta também com outros 5.082 centros de caridade em propriedade da Igreja e/ou dirigidos por eclesiásticos ou religiosos: 257 hospitais; 1.602 ambulatórios; 8 centros para leprosos; 372 casas para idosos; inválidos ou menores; 329 orfanatos e asilos; 2.134 consultórios familiares e outros centros para a proteção da vida e 340 instituições de outras instituições de outro tipo.

Dados da Igreja em Cuba

Já a República de Cuba tem uma superfície de 110.861 km2, com uma população de 11.242.000 habitantes, dos quais 6.766.000 são católicos, 60,19% da população.

O país conta com 11 circunstâncias eclesiais; 304 paróquias e 2.210 centros pastorais; 17 bispos; 361 sacerdotes; 656 religiosos e religiosas; 24 membros de institutos seculares; 2.122 missionários leigos e 4.133 catequistas. Os seminaristas menores são 13 e os maiores são 78.

Em Cuba, a Igreja Católica dispõe de 12 centros educativos de todos os níveis nos quais estudam 1.113 alunos e outros 10 centros de instrução especial. Existem ainda 17 centros de caridade em propriedade e/ou dirigidos por eclesiásticos: 2 ambulatórios; 1 centro para leprosos; 8 casas para anciãos, inválidos e menores; 3 orfanatos e asilos e 3 instituições de outros tipos.



terça-feira, 20 de março de 2012

SEMINARISTAS CELEBRAM SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ

“São José a vós nosso amor. Sede nosso bom protetor. Aumentai o nosso fervor”. A comunidade seminarística do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição cantou, desta maneira, louvores a Deus por intermédio de São José, patrono da Igreja
Este momento solene na Igreja, praticamente o único em toda a Quaresma, foi celebrado com fé e devoção pelos seminaristas maiores. Também como comunidade, foi festejada com a Celebração Eucarística, centro da vivência da fé cristã. 
Sendo esposo fiel da Bem-aventurada Virgem Maira, São José possui uma legião de devotos que procuram nele um espelho de fé e de dedicação ao projeto de Deus. Ele, mesmo tentado a largar este projeto, manteve-se firme e ajudou a educar o menino Jesus, junto com Nossa Senhora. 
Nesta perspectiva, todos do Seminário Maior celebraram São José, no dia 19 de março, às 17h30. Padre Tony Silva, ecônomo a instituição, presidiu a Santa Missa e constatou que mesmo na indiferença com relação a esta data, muitos católicos conseguem manter firme o bom propósito de festejá-la com fé e com amor. 

VEJAM AS FOTOS:









Seminarista Alan de Jesus

segunda-feira, 19 de março de 2012

São José é o patrono da Igreja


Acompanhe este especial sobre São José, patrono da Igreja

O Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1870, declarou o glorioso São José, Padroeiro da Igreja Católica. Este mesmo Papa, em 08/12/1854, já tinha proclamado solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

'Assim como Deus constituira o antigo José, filho do antigo patriarca Jacó, para presidir em toda a terra do Egito, a fim de conservar o trigo para os povos; assim, chegada a plenitude dos tempos, estando para enviar à terra o seu Unigênito Filho para redenção do mundo, escolheu outro José, de quem o primeiro era figura; constituiu-o Senhor e Príncipe de sua casa e de sua possessão, e elegeu-o custódio de seus principais tesouros.

José teve, de fato, por esposa a Imaculada Virgem Maria, da qual por virtude do Espírito Santo, nasceu Nosso Senhor Jesus Cristo, que, junto aos homens, se dignou ser julgado filho de José, e lhe foi submisso. E José, não só viu Aquele que tantos reis e profetas desejaram ver, mas conversou com Ele, estreitou-O ao peito com paternal afeto, beijou-O; e, além disso, com extremoso cuidado, alimentou Aquele que devia ser nutrição espiritual e alimento de vida eterna para o povo fiel.

Por esta excelsa dignidade, concedida por Deus a seu fidelíssimo Servo, a Igreja, após a Virgem Santíssima, sua Esposa, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Beatíssimo José, e nas angústias lhe implorou a intercessão. Ora, estando a Igreja, nestes tristíssimos tempos, perseguida em toda parte por inimigos e opressa por tão graves calamidades, a ponto de julgarem os ímpios que as portas do abismo prevaleceram contra Ela, os Bispos de todo o mundo católico, em seu nome e no dos fiéis confiados a seus cuidados, rogaram ao Sumo Pontífice que se dignasse constituir São José Padroeiro da Igreja Católica.

Tendo pois eles, no Sagrado Concílio Ecumênico Vaticano I, renovado com maior insistência os mesmos pedidos e desejos, o Santo Padre Pio IX, comovido com a presente e lutuosa condição dos tempos, querendo de modo especial colocar-se a si mesmo e aos fiéis sob o poderosíssimo Patrocínio do Santo Patriarca José e satisfazer os desejos dos Bispos, declarou-o solenemente Padroeiro da Igreja Católica. Elevou a sua festa, que caí a 19 de março a rito duplo de primeira classe.

E, além disso ordenou que esta declaração, feita com o presente decreto da Sagrada Congregação dos Ritos, fosse publicado no dia consagrado à Imaculada Virgem Mãe de Deus, Esposa do castíssimo José'.

São José, nos tempos difíceis para a Igreja


Eram, como sempre, tempos difíceis para a Igreja. O Papa convocara o Concílio Vaticano I para enfrentar o brado da Revolução Francesa (1789) contra a fé, no endeusamento da razão e do nacionalismo. O século XIX começou marcado pelo materialismo racionalista e pelo ateísmo, fora da Igreja; dentro dela as tendências conciliaristas e de separatismo, que enfraqueciam a autoridade do Papa e a unidade da Igreja. Mais uma vez a Barca de Pedro era ameaçada pelas ondas do século. Então a Igreja recomendou-se ao 'Pai' terreno do Senhor. Aquele que cuidara tão bem da Cabeça da Igreja, ainda Menino, cuidaria também de todo o seu Corpo Místico.

Trinta anos depois, o Papa Leão XIII, no dia 15/8/1899, assinava a Encíclica 'Quanquam Pluries' sobre São José, nos tempos difíceis da virada do século. Ouçamos o Papa:

'Nos tempos calamitosos, especialmente quando o poder das trevas parece tudo usar em prejuízo da cristandade, a Igreja costuma sempre invocar súplice a Deus, autor e vingador seu, com maior fervor e perseverança, interpondo também a mediação do Santo, em cujo patrocínio mais confia para encontrar socorro, entre os quais se acha em primeiro lugar a Augusta Virgem Mãe de Deus'.

'Ora, bem sabeis Veneráveis Irmãos que os tempos presentes não são menos desastrosos do que tantos outros, e tristíssimos, atravessados pela cristandade. De fato, vemos perecer em muitos o princípio de todas as virtudes cristãs, de fé, extinguir-se a caridade, depravar-se nas idéias e costumes a nova geração, perfeitamente hostilizar-se por toda a parte a Igreja de Jesus Cristo, atacar-se atrozmente o Pontificado, e com audácia cada vez mais imprudente arrancarem - se os próprios fundamentos da religião'.
'Nós propomos... para tornar Deus mais favorável às nossas preces e para que Ele, recebendo as súplicas de mais intercessores, dê mais pronto e amplo socorro à sua Igreja, julgamos sumamente conveniente que o povo cristão se habitue a invocar com singular devoção e confiança, juntamente com a Virgem Mãe de Deus, o seu castíssimo esposo São José: temos motivos particulares para crer que seja isto aceito e agradável à própria Virgem.

E, a respeito desse assunto, do qual pela primeira vez tratamos em público, bem conhecemos que a piedade do povo cristão não só é favorável, mas tem progredido também por iniciativa própria; pois vemos já gradativamente promovido e estendido o culto de São José por zelo dos Romanos Pontífices, nas épocas anteriores, universalmente aumentado e com indubitável incremento nestes últimos tempos, em especial depois que Pio IX, nosso antecessor de feliz memória, declarou às súplicas de muitos bispos, Padroeiro da Igreja Católica o Santíssimo Patriarca. Não obstante, por ser muito necessário que seu culto lance raízes nas instituições católicas e nos costumes, queremos que o povo cristão receba, antes de tudo, de nossa voz e autoridade novo estímulo'.

Vemos assim que, nas horas mais difíceis de sua caminhada a Igreja sempre recorre à Sua Mãe Santíssima, que nunca a desamparou; e, em seguida ao seu esposo castíssimo São José.

São José na vida dos Santos

Novamente é preciso invocar o Patrono da Igreja Universal. Em uma aparição a Santa Margarida de Cortona, disse Jesus: 'Filha, se desejas fazer-me algo agradável, rogo-te não deixeis passar um dia sem render algum tributo de louvor e de bênção ao meu Pai adotivo São José, porque me é caríssimo'.

Santo Afonso de Ligório garantia que todo dom ou privilégio que Deus concedeu a outro Santo também o concedeu a São José. São Francisco de Sales diz que 'São José ultrapassou, na pureza, os Anjos da mais alta hierarquia'.

São Jerônimo diz que : 'José mereceu o nome de 'Justo', porque possuia de modo perfeito todas as virtudes'. De fato, podemos concluir que, se José foi escolhido para Esposo de Maria, a mais santa de todas as mulheres, é porque ele era o mais santo de todos os homens. Se houvesse alguém mais santo que José, certamente seria este escolhido por Jesus para Esposo de Sua Mãe Maria.

São Bernardo diz de São José: 'De sua vocação, considerai a multiplicidade, a excelência, a sublimidade dos dons sobrenaturais com que foi enriquecido por Deus'.

Os Santos Padres e Doutores da Igreja concordam em dizer que São José foi escolhido para esposo de Maria pelo próprio Deus. O Papa Pio IX, antes mesmo de proclamar S. José Patrono da Igreja, já dizia: 'É racional colocar o Corpo Místico do Salvador, a Igreja, sob a poderosa proteção dAquele que velou sobre Jesus e Maria. Os sustentáculos da Igreja nascente, José e Maria, retomem nos corações o lugar que jamais deveriam ter perdidos, e o mundo será salvo outra vez'.

Se na terra São José foi o protetor do próprio Menino-Deus, deve ser agora o Patrono (protetor, defensor, guarda) do seu Corpo Místico, a Igreja. É eloqüente o testemunho de Santa Teresa de Ávila, doutora da Igreja, devotíssima de São José. No 'Livro da Vida', sua autobiografia, ela escreveu:

'Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e muito me encomendei a ele. Claramente vi que dessa necessidade, como de outras maiores referentes à honra e à perda da alma, esse pai e senhor meu salvou-me com maior lucro do que eu lhe sabia pedir. Não me recordo de lhe haver, até agora, suplicado graça que tenha deixado de obter. Coisa admirável são os grandes favores que Deus me tem feito por intermédio desse bem-aventurado santo, e os perigos de que me tem livrado, tanto do corpo como da alma. A outros santos parece o Senhor ter dado graça para socorrer numa determinada necessidade. Ao glorioso São José tenho experiência de que socorre em todas.

O Senhor quer dar a entender com isso como lhe foi submisso na terra, onde São José, como pai adotivo, o podia mandar, assim no céu atende a todos os seus pedidos. Por experiência, o mesmo viram outras pessoas a quem eu aconselhava encomendar-se a ele. A todos quisera persuadir que fossem devotos desse glorioso santo, pela experiência que tenho de quantos bens alcança de Deus...De alguns anos para cá, no dia de sua festa, sempre lhe peço algum favor especial. Nunca deixei de ser atendida'.

Este testemunho de uma grande Santa Doutora da Igreja dispensa comentários, e precisa ser lido e relido como muita atenção. Próximo de Jesus e de Maria, São José é Estrela de primeira grandeza no Céu e intercede pela Igreja sem cessar, assim como, na terra, velava sem se descuidar, do Filho de Deus a ele confiado. Nos recomendemos todos a ele, todos os dias.



Bento XVI: Irei ao México e Cuba a confirmar na fé os cristãos


VATICANO
Em sua saudação em espanhol para os peregrinos hispânicos, logo de culminar a oração do Ângelus, o Papa Bento XVI expressou sua alegria por “ir dentro de uns dias para confirmar na fé aos cristãos dessas amadas nações e de toda a América Latina”.

O Papa pediu orações por sua viagem apostólica, e convidou todos os fiéis a acompanhá-lo “com sua cercania espiritual, para que nesta visita pastoral sejam colhidos abundantes frutos de vida cristã e renovação eclesial, que contribuam ao autêntico progresso desses povos.

O Santo Padre chegará ao México no próximo 23 de março, onde permanecerá até o 26, quando se dirigirá a Cuba. Sua visita apostólica a Cuba terminará no dia 28 deste mês.

Bento XVI encomendou sua viagem “à Santíssima Virgem Maria, que naquelas benditas terras recebe os nomes íntimos de Guadalupe e da Caridade”.

O perene desafio de crer de verdade


Postagem copiada do Blogger (http://costa_hs.blog.uol.com.br/) de Sua Excelência Reverendíssima Dom Henrique Soares da Costa, bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju


Amados em Cristo, a grande tentação de nossa época é fazer pouco de Deus e, cinicamente, mascarar nosso pecado. Quantos cristãos adulteram, roubam, fornicam, abortam, negligenciam seus deveres para com Deus e com a Igreja, desobedecem aos mandamentos, e não estão nem aí. Não se pode ser cristão mantendo uma vida dupla, servindo a Deus e ao que Deus abomina! É um espírito de descrença, de falta de atenção e delicadeza para com o Senhor. Vemos isso em tanta gente de Igreja...

Aqueles que nos corrigem são chamados logo de reacionários, fechados, sem misericórdia, duros, insensíveis para o mundo atual... E, no entanto, a Palavra do Senhor é clara: é necessário que fixemos o olhar em Cristo que se entregou por nós e reconheçamos a gravidade e a concretude do nosso pecado! Volta, Israel! Volta, Igreja de Cristo! Volta, povo do Senhor! Voltemos, Irmãos! Em Cristo Jesus, nosso Salvador, “Deus quis mostrar a incomparável riqueza da sua graça!” Não brinquemos com o amor de Deus, não recebamos em vão a sua correção!

Recordemos que hoje, no Evangelho, após mostrar o imenso amor de Deus pelo mundo, a ponto de entregar o Filho amado, Jesus nos previne duramente: Quem nele crê, não é condenado, mas, quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito”. Ora, caríssimos, acreditar no nome de Jesus não é aderir a uma teoria, mas levá-lo a sério na vida pelo esforço contínuo de conversão à sua Pessoa divina e à sua Palavra santa!

Crede, Irmãos, crede, irmãs! Crede não com palavras vãs! Crede com o afeto, crede com o coração, crede com os lábios, mas, sobretudo, crede com as mãos, com os vossos atos, com a prática da vossa vida! De verdade creremos na medida em que de verdade nos abrirmos para a sua luz; pois “o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz”.

Que o Senhor nos dê a graça de ver realisticamente nossos pecados, reconhecê-los humildemente e confessá-los sinceramente, para celebrarmos verdadeiramente a Páscoa que se aproxima e dela participar eternamente na glória do céu. Amém

Tempos apocalípticos


Postagem copiada do Blogger (http://costa_hs.blog.uol.com.br/) de Sua Excelência Reverendíssima Dom Henrique Soares da Costa, bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju.


Caro Internauta, com satisfação reproduzo aqui um interessante texto do Dr. Paulo Brossard, jurista e ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal... Coitado do Brasil, coitada da nossa sociedade: uma ONG minoritária, formada por um grupelho raivoso e cheio de preconceito anticristão, capaz de obrigar toda uma sociedade a negar sua cultura! Belo exemplo de cidadania, de democracia, de abertura de visão! É o resultado do iluminismo cego e da laicidade degenerada em laicismo! Mas, vamos ao artigo:

Minha filha Magda me advertiu de que estamos a viver tempos do Apocalipse sem nos darmos conta; semana passada, certifiquei-me do acerto da sua observação, ao ler a notícia de que o douto Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado, atendendo postulação de ONG representante de opção sexual minoritária, em decisão administrativa, unânime, resolvera determinar a retirada de crucifixos porventura existentes em prédios do Poder Judiciário estadual, decisão essa que seria homologada pelo Tribunal. Seria este “o caminho que responde aos princípios constitucionais republicanos de Estado laico” e da separação entre Igreja e Estado.

Tenho para mim tratar-se de um equívoco, pois desde a adoção da República o Estado é laico e a separação entre Igreja e Estado não é novidade da Constituição de 1988, data de 7 de janeiro de 1890, Decreto 119-A, da lavra do ministro Rui Barbosa, que, de longa data, se batia pela liberdade dos cultos. Desde então, sem solução de continuidade, todas as Constituições, inclusive as bastardas, têm reiterado o princípio hoje centenário, o que não impediu que o histórico defensor da liberdade dos cultos e da separação entre Igreja e Estado sustentasse que “a nossa lei constitucional não é antirreligiosa, nem irreligiosa”.

É hora de voltar ao assunto. Disse há pouco que estava a ocorrer um engano. A meu juízo, os crucifixos existentes nas salas de julgamento do Tribunal lá não se encontram em reverência a uma das pessoas da Santíssima Trindade, segundo a teologia cristã, mas a alguém que foi acusado, processado, julgado, condenado e executado, enfim justiçado até sua crucificação, com ofensa às regras legais históricas, e, por fim, ainda vítima de pusilanimidade de Pilatos, que tendo consciência da inocência do perseguido, preferiu lavar as mãos, e com isso passar à História.

Em todas as salas onde existe a figura de Cristo, é sempre como o injustiçado que aparece, e nunca em outra postura, fosse nas bodas de Caná, entre os sacerdotes no templo, ou com seus discípulos na ceia que Leonardo Da Vinci imortalizou. No seu artigo “O justo e a justiça política”, publicado na Sexta-feira Santa de 1899, Rui Barbosa salienta que “por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz”... e, adiante, “não há tribunais, que bastem, para abrigar o direito, quando o dever se ausenta da consciência dos magistrados”. Em todas as fases do processo, ocorreu sempre a preterição das formalidades legais. Em outras palavras, o processo, do início ao fim, infringiu o que em linguagem atual se denomina o devido processo legal. O crucifixo está nos tribunais não porque Jesus fosse uma divindade, mas porque foi vítima da maior das falsidades de justiça pervertida.

Não é tudo. Pilatos ficou na história como o protótipo do juiz covarde. É deste modo que, há mais de cem anos, Rui concluiu seu artigo, “como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde”.

Faz mais de 60 anos que frequento o Tribunal gaúcho, dele recebi a distinção de fazer-me uma vez seu advogado perante o STF, e em seu seio encontrei juízes notáveis. Um deles chamava-se Isaac Soibelman Melzer. Não era cristão e, ao que sei, o crucifixo não o impediu de ser o modelar juiz que foi e que me apraz lembrar em homenagem à sua memória. Outrossim, não sei se a retirada do crucifixo vai melhorar o quilate de algum dos menos bons.

Por derradeiro, confesso que me surpreende a circunstância de ter sido uma ONG de lésbicas que tenha obtido a escarninha medida em causa. A propósito, alguém lembrou se a mesma entidade não iria propor a retirada de “Deus” do preâmbulo da Constituição nem a demolição do Cristo que domina os céus do Rio de Janeiro durante os dias e todas as noites.

ATUALIZADA A PÁGINA WEB DA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ


CIDADE DO VATICANO (ZENIT.org) – No mundo de hoje é necessário uma maior difusão dos ensinamentos dos Dicastérios. Sobretudo os documentos emitidos do Concílio Vaticano II até hoje – reunidos no volume: CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Documenta inde a Concilio Vaticano Secundo expleto edita (1966 – 2005) – tratando questões importantes para a vida e a missão da Igreja e que oferece respostas doutrinais seguras aos desafios que estão pela frente.
Tal como é conhecido, de fato, os Documentos da Congregação para a Doutrina da Fé aprovados expressamente pelo Santo Padre, parte do Magistério ordinário do Sucessor de Pedro (cfr. Instruções Donum veritatis sobre a vocação eclesial do teólogo, 24 de maio 1990, n.18). Isso explica a importância de uma recepção cuidadosa de tais pronunciamentos por parte dos fiéis e especialmente dos envolvidos, em nome da Igreja, no âmbito teológico e pastoral.
A Congregação para a Doutrina da Fé, mesmo conservando os próprios documentos no site oficial da Santa Sé (WWW.vatican.va), para facilitar a consulta abriu um novo acesso (WWW.doctrinafidei.va).
Os principais documentos se encontram em oito línguas: além da versão em latim, também em francês, inglês, italiano, português, espanhol, alemão e polonês, e alguns também em húngaro, eslovaco, tcheco e holandês.  Está sendo feita a coleta completa da versão eletrônica destas traduções. Atualmente cada documento é oferecido na língua original e em algumas traduções.
A seleção contém uma lista completa de todos os pronunciamentos pós-conciliares da Congregação, propostas em três listas temáticas: a de natureza doutrinária, a de natureza disciplinar e a que diz respeito aos sacramentos.
A mesma página web contém informações sobre as publicações mais recentes da série "Documentos e Estudos", que reproduz os mais importantes Documentos do Dicastério ilustrados por comentários de alguns teólogos renomados. Além disso, estão disponíveis notícias sobre os volumes das Atas de Simpósios promovidos pela Congregação, e são publicadas várias intervenções dos Cardeais Prefeitos.
Através desta divulgação, por meio da Internet, pelo seu ensinamento doutrinário, a Congregação pretende alcançar um círculo cada vez maior de destinatários em todo o mundo.

terça-feira, 13 de março de 2012

Vocação: onde Deus o chama?


Vocação. Eis aí um vocábulo tão recorrente em nossa sociedade hodierna. Fala-se de vocação em vários segmentos do mundo contemporâneo, para designar a profissão que as pessoas desejam trilhar, por exemplo: ser médico, administrador, psicólogo etc. E também a opção vocacional escolhida por elas; entre outras destacamos: o casamento, o sacerdócio, a vida religiosa, a vida laical etc. Mas afinal o que é vocação? Quais as dimensões vocacionais que encontramos em nossa Igreja? A proposta da nossa reflexão é exatamente esta: tentar responder a essas duas proposições. Vejamos.

Primeiramente devemos partir da origem etimológica da palavra em questão. Lembremos que no nosso caso é vocação. Assim devemos destacar que a origem dessa é latina e provém do verbo vocare = chamar, daí origina-se o substantivo latino vocatio, que significa: vocação, chamado. No popular dicionário Aurélio da língua portuguesa, encontramos algumas definições: ato de chamar, escolha ou predestinação, tendência e talento ou aptidão. Consideremos a opção latina vocatio, visto ser mais pertinente para nossa reflexão.

Antes de iniciarmos a reflexão para tentarmos responder a segunda pergunta da nossa proposta inicial, cremos que seja oportuno trazer à tona as palavras de Amedeo Cencini: “a vocação autêntica nasce no terreno fecundo da gratidão, pois vocação é uma resposta, não é uma iniciativa do indivíduo” (Redescobrindo o Mistério, p.51).  

Sendo assim, podemos apontar que, dentro da Igreja, a vocação pode ser entendida em três dimensões: a Humana, a Cristã e a Específica. A dimensão humana é a vocação que recebemos gratuitamente de Deus, ou seja, o homem é primeiramente chamado à existência, para assim desenvolver a dignidade humana. Essa dimensão é fundamental, pois sem desenvolvê-la é impossível sermos cristãos. Desse modo, devemos desenvolver todas as potencialidades que foram concedidas por Deus, em prol do semelhante, e conseqüentemente de uma sociedade mais justa e fraterna.   

Já a dimensão cristã compreende todos os batizados; nessa fase o chamado é para que sigamos a Jesus Cristo, e assim imitá-lo e sermos como Ele. A vocação cristã independe da opção vocacional de cada indivíduo, pois ela deve vir antes de qualquer escolha. Assim ninguém pode ser padre, por exemplo, se não for cristão. O autêntico cristão deve fazer a experiência do Cristo Vivo e Ressuscitado, dar testemunho d’Ele e também assumir os valores do Evangelho. Logo, todo batizado que se torna filho de Deus, deve assumir essa filiação, procurando imitar a Jesus em tudo.

A última dimensão desta reflexão será a específica, que são aquelas que caracterizam o estado de vida de uma pessoa. Entre outras apontamos: a vocação laical, que é vivida pelos leigos; o Catecismo da Igreja Católica define esses como sendo: “todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas Ordens ou do estado religioso reconhecido na Igreja, isto é, os fiéis que, incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercem, em seu âmbito, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo”. (n. 897). Ela tem várias subdivisões, como a do matrimônio, do leigo consagrado, do solteiro. Temos ainda as vocações dos ministérios ordenados, que são os fiéis que recebem o Sacramento da Ordem. Elas se subdividem em três graus: diaconato, presbiterato e episcopado. Há também a vida consagrada, que consiste em homens e mulheres que se consagram a Deus através de uma Congregação, observando os votos de castidade, pobreza e obediência, procurando viver o carisma de um fundador, como os beneditinos, por exemplo, seguem o carisma de São Bento. Por fim, há a vocação missionária, que é o chamado àquele cristão que vai a uma terra distante, com o objetivo de levar o Evangelho de Jesus a outros povos e nações (cf. Mc 6, 6b-13), entretanto, tanto o padre, quanto o consagrado ou o leigo podem participar dessa vocação.   

Por fim, cremos que, no decorrer desta reflexão, conseguimos responder de maneira singela as nossas proposições iniciais. Permitam-me concluir com as palavras do nosso Arcebispo, Dom José Palmeira Lessa, sobre a temática da vocação: “o importante na vida é ser discípulo de Jesus, ser santo seguindo-O e servindo à Igreja na vocação que Deus nos quer presentear, isto é, onde Ele nos chama” (Pequena Via, n. 484). Terminada a nossa ponderação, resta perguntar-lhe: Onde Deus o chama? Você já parou para ouvir a Sua voz? A decisão é sua! Pax Domini! 
 
Por Seminarista Anderson Gomes da Silva
Graduando do 5º período de Filosofia do Seminário Maior Nossa Srª da Conceição.
Graduando do 8° período de Administração da Faculdade Amadeus.

Padre Gilvan Rodrigues Lança Livro na Academia Sergipana de Letras


Lançado nessa segunda-feira, 12, o mais novo Livro do Padre Gilvan Rodrigues, Chanceler da Cúria Metropolitana. ‘Mataiologias Palavras ao Vento” é a sexta obra do autor que destaca uma coletânea de textos publicados nos jornais Correio de Sergipe e Jornal da Cidade.

Os textos,segundo o sacerdote, retratam vários aspectos da vida humana. “Hoje em dia Deus parece mais ausente na vida do homem”, tento mostrar que os homens precisam ter esse encontro com o Pai, e o livro convida o leitor a fazer uma reflexão, afirmou.

Padre Gilvan revela que desde jovem sempre gostou de brincar com as palavras, e por isso, tomou gosto pela escrita e pela leitura, e ao elaborar discursos e homilias, percebeu que podia reunir esses escritos em livros.

Na noite de autógrafos realizada na Academia Sergipana de Letras, padre Gilvan Rodrigues agradeceu o apoio de todos os membros da academia, e também dos amigos que contribuíram para o lançamento do Livro.

O Presidente da Academia Sergipana de Letras, o imortal, Anderson Nascimento destacou em seu discurso esse reencontro entre a Academia e a Igreja Católica lembrando os antigos sacerdotes que passaram pela casa, especialmente, o Arcebispo Emérito de Aracaju, Dom Luciano Cabral Duarte. Nossa Academia se enche de júbilo com esse reencontro, concluiu o presidente da ASL.


BENÇÃO DA NOVA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA NO TERCEIRO ANDAR DO SEMINÁRIO MAIOR

A estrutura do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, casa de formação dos futuros sacerdotes da Província Eclesiástica de Aracaju e de outras dioceses do nordeste, é composta por dois prédios – acadêmico e dormitório – por um refeitório, por uma quadra poliesportiva, por uma capela e pelo auditório João Paulo II.
Entretanto, “o coração da diocese”, como nos fala o Magistério da Igreja, não deve limitar-se a estrutura física, mas precisa ser um ambiente de convivência, onde os seminaristas possam vivenciar e amadurecer todas as dimensões formativas: comunitária, intelectual, espiritual, pastoral e humano-afetiva.
Uma das formas práticas é fomentar, em cada andar, a vida em comunidade, visto que o prédio dormitório e composto de três andares e térreo. Em cada andar deve-se ter a capela, lugar do encontro com Deus, sala de convivência para reuniões de estudo, ou mesmo de vivência diária.


Cada andar do Seminário Maior acolhe um padroeiro que serve de exemplo e impulso para a caminhada vocacional. O primeiro andar é o beato João Paulo II; do Segundo andar chama-se São João Maria Vianey; e, por fim, do terceiro andar, é a Virgem Mãe sob o título de Nossa Senhora de Fátima. 



Na última sexta-feira, dia 09 de março, após a Via Sacra, os moradores do terceiro andar acompanharam a benção da nova imagem de sua padroeira, Virgem de Fátima e, logo após, confraternizaram-se celebrando aquele momento. A imagem tem 65 cm de altura, feita de resina, adquirida por meio de doação.
Nossa Senhora de Fátima (ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima) é uma das designações atribuídas à Virgem Maria que, segundo os relatos da época e da própria Igreja, apareceu repetidamente a três pastores, Jacinta, Francisco e Lúcia, crianças na altura das aparições, no lugar de Fátima, tendo à primeira aparição acontecida no dia 13 de Maio, do ano de 1917.


Seminarista Alan de Jesus

segunda-feira, 12 de março de 2012

SEMINARISTAS REALIZAM PRÁTICA DEVOCIONAL DA VIA SACRA

A Via Sacra é uma prática devocional que nos lembra o caminho doloroso e sofrido de Jesus, no percurso de sua Divina missão Redentora, quando de modo perfeito e heróico, demonstrou uma profunda obediência ao Pai e um infinito amor à humanidade por todas as gerações
Neste sentido, os seminaristas realizam a Via Sacra todas as sextas-feiras, juntamente com os padres formadores do Seminário Maior. Normalmente, a Via Crucis é rezada as Quartas-feiras e Sextas-feiras no período da Quaresma como atitude penitencial. 
Rezar a Via Sacra é reviver na mente e no coração a grandeza do amor de Deus que, para Salvar e Redimir a humanidade de todas as gerações, entregou o seu único Filho como vítima perfeita para perdoar os nossos pecados.

VEJAM ALGUMAS IMAGENS:







Seminarista Alan de Jesus

Brasil: Terra da Santa Cruz


Cruz, patrimônio do povo brasileiro



Nesta semana nós brasileiros, sobretudo os de boa fé, ficamos espantados com a decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) de que fossem retirados todos os crucifixos e outros símbolos religiosos das repartições da Justiça do estado, sob a justificativa de que o estado é laico.

Tal decisão nos faz observar alguns elementos para não cairmos no falso pretexto de que, para eliminar as discriminações, é necessário afastar os elementos religiosos, cristãos, dos ambientes públicos. Quem defende essa ideia afirma que religião e Estado não se misturam, por isso, como não pode haver privilégios entre os “iguais” em uma nação democrática, a religião deve ser “sacrificada” em prol da coletividade.

A história brasileira é marcada pela cruz, o primeiro ato público exercido em nosso território foi justamente um ato litúrgico, religioso, a Santa Missa, e o primeiro nome do Brasil foi Terra de Santa Cruz. Dentre nossos colonizadores estavam inúmeros religiosos, que, motivados pela mensagem da cruz de Cristo, fundaram cidades, escolas, hospitais, universidades, e milhares de homens e mulheres católicos cravaram a religião católica como patrimônio cultural do nosso povo. 

O Papa Bento XVI, ao se dirigir às autoridades civis no Reino Unido, no Parlamento Londrino em 17 de setembro de 2010, manifestou preocupação diante da crescente marginalização da religião, de modo particular do Cristianismo. Afirmou que existem pessoas segundo as quais a voz da religião deveria ser silenciada ou, na melhor das hipóteses, relegada à esfera puramente particular. De acordo com o Santo Padre, trata-se de sinais preocupantes da incapacidade de ter na justa consideração não apenas os direitos dos crentes à liberdade de consciência e de religião, mas também ao papel legítimo da religião na esfera pública. 

Por trás do pensamento de querer reduzir a religião à esfera apenas particular, existem conceitos ideológicos claros que desejam eliminar Deus da cenário público e, consequentemente, a religião do meio do povo, colocando o Estado como o “senhor” da nação, o soberano, ou seja, o próprio “deus”. Basta ler alguns clássicos da literatura da ciência política como: “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel e “Manifesto Comunista” de Karl Marx e Friedrich Engels, que encontraremos as primeiras concepções sobre o senhorio do Estado. Infelizmente, alguns países fizeram e fazem esta experiência desastrosa, causando como vítima única e exclusivamente o povo, é o caso da Rússia (Comunista), Vietnã, Cuba, China, Coreia do Norte, entre outros. 

Estudiosos a respeito da origem do Estado afirmam que este surgiu com a finalidade de garantir a “felicidade” do povo, por meio de políticas públicas e particulares, quer no campo comercial, quer no campo bélico, social e religioso. O Estado surgiu para servir o povo, e não o contrário. No Brasil não é diferente, o preâmbulo da Constituição da República Federativa apresenta algumas finalidades do Estado, como assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, sob a proteção de Deus. 

Ora, o Estado brasileiro surgiu para servir o povo, de fato, ele é laico, isso quer dizer que o Estado não confessa uma religião específica, mas ele não é laicista (antirreligioso). Podemos afirmar que, no Brasil, existe o conceito da laicidade positiva, visto que suas legislações garantem, asseguram e protegem a liberdade religiosa, inclusive o patrimônio cultural da religião, sobretudo o Cristianismo em sua maior expressão: o Catolicismo, pelo fato de a maioria da população professar esse credo, e por esta estar nas bases da criação do Estado Brasileiro. Por isso, o ordenamento jurídico, além da liberdade religiosa, protege o patrimônio cultural da religião. 

A laicidade positiva é um conceito utilizado por diversas nações que sofreram na “pele”, no passado, o erro de terem afastado a religião da esfera pública, como a França. O presidente desse país, Nicolas Sarkozy, afirmou ao jornal L'Osservatore Romano, em 22 dezembro de 2007, que não considera a religião como uma ameaça, mas como uma força, que pode desempenhar um papel vital por dar esperança à sociedade de hoje e que não se pode afastar o patrimônio cultural e histórico da religião do povo por constituir a identidade deste.
  
Portanto, afastar a cruz dos prédios públicos, além de ser uma manifestação de indiferença ao patrimônio cultural, em prol de uma pseudoigualdade, também é inconstitucional, antissocial, mal-educado, intolerante. É rasgar as páginas sagradas da história brasileira. É retirar as pedras mestras da fundação jurídica, histórica, social, humana, religiosa e cultural do povo brasileiro. É, no fundo, negar nossas origens, semelhante ao filho que renega seu pai. O patrimônio cultural da nossa fé precisa e deve ser protegido pelo Estado, pois este só possui razão de existir servindo os cidadãos e garantindo-lhes a sua liberdade. 


Ricardo Gaiotti
Advogado e membro da Comunidade Canção Nova

Bento XVI e Primaz da Comunhão anglicana rezam juntos: "estímulo para todos, rumo à unidade"


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Bento XVI e o Primaz da Comunhão Anglicana, Arcebispo Rowan Williams, rezaram juntos na tarde deste sábado, numa homenagem ao Papa São Gregório Magno, considerado o 'pai' da cristianização da Inglaterra, nos seculos VI-VII.

O Papa e o Arcebispo da Cantuária estiveram presentes na recitação da oração das vésperas, no mosteiro camaldolense localizado na Colina do Célio, em Roma, por ocasião dos mil anos da fundação do ermitério de Camaldoli, criado por São Romualdo, monge beneditino que deu origem a um novo ramo dessa ordem religiosa. Durante a celebração, as alocuções do Papa e do Primaz anglicano.

Bento XVI destacou a importância do mosteiro enquanto “local de nascimento de um elo entre a Igreja de Roma e o Cristianismo da Inglaterra”. Uma ligação que, segundo o Papa, começou a ser reforçada “especialmente a partir do Concílio Vaticano II” e que hoje já faz parte da “tradição” das duas Igrejas. 

O Papa comentou os dois breves trechos proclamados durante a celebração. O primeiro tirado da segunda carta de S. Paulo aos Coríntios que contém a exortação do apóstolo a aproveitar do momento favorável para acolher a graça de Deus. E o momento favorável, como explicou o Papa é naturalmente aquele em que Jesus Cristo veio revelar-nos e a dar-nos o amor de Deus por nós com a sua Incarnação, Paixão, Morte e Ressurreição.

Bento XVI comentou depois a segunda leitura, um breve trecho da Carta de S. Paulo aos Colossenses: as palavras que o apostolo dirige aos membros daquela comunidade para os formar segundo o Evangelho para que tudo aquilo que fazem em palavras e obras aconteça no nome do Senhor Jesus.. Sede perfeitos, dissera o Mestre aos seus discípulos; e agora o Apostolo exorta a viver segundo esta medida elevada da vida cristã que é a santidade.

Bento XVI recordou que na base de tudo está a graça de Deus, está o dom da chamada, o mistério do encontro com Jesus vivo. Mas esta graça - acrescentou – exige a resposta dos batizados: exige o empenho de revestir-se dos sentimentos de Cristo: ternura, bondade, humildade, mansidão, magnanimidade, perdão recíproco e sobretudo, como síntese e coroamento , a ágape, o amor que Deus nos dá mediante Jesus e que o Espírito Santo derramou nos nossos corações.

“Espero que a nossa presença aqui permaneça não só com um sinal de encontro fraterno, mas como um estímulo para todos os fiéis, tanto católicos como anglicanos, rumo à unidade”, sublinhou Bento XVI. 

Para o primaz da Comunhão Anglicana, “é sempre bom tocar o solo onde começou a missão cristã da Inglaterra” e “honrar a história de figuras como São Gregório e Santo Agostinho”. “Temos um antepassado comum que nos dá uma relação de familiaridade e estamos trabalhando para que essa relação seja de novo plena, sacramental e visível”, salientou o responsável anglicano, que vai permanecer mais dois dias na capital italiana. 

Antes da oração de vésperas, o dia foi marcado por uma audiência privada entre os dois líderes religiosos, que foi pautada pela abordagem à situação dos cristãos no Médio Oriente e pela preparação do Sínodo para a Nova Evangelização, que vai decorrer no mês de outubro, no Vaticano.

No final da oração o Papa e o arcebispo de Cantuária foram até à capela de São Gregório para acender duas velas em memória daquele que enviou Santo Agostinho da Cantuária aos anglo-saxões.

Vaticano lança concurso internacional de música sacra


O Pontifício Conselho para a Cultura lançou na última semana um concurso internacional de música sacra, “sem qualquer limitação para os compositores”, que tem como tema um dos textos-chave da tradição cristã “O Símbolo dos apóstolos”, comentado por Joseph Ratzinger em seu livro “Introdução ao Cristianismo”.

De acordo com o Presidente do Pontifício Conselho, Cardeal Gianfranco Ravasi, “o concurso tem o objetivo de promover o encontro entre a música contemporânea, com sua nova gramática, e o sagrado, que tem regras, textos e temas próprios”. O desafio do contemporâneo também foi destacado pelo maestro da Capela Sistina, monsenhor Massimo Palombella, que participará do júri: “Precisamos conversar com o homem de hoje em todos os campos, mas principalmente no da arte”, disse.

As inscrições devem ser enviadas até o dia 20 de julho, e as músicas devem ter no máximo 15 minutos, obrigatoriamente. A expectativa do Pontifício Conselho é de que as músicas tragam uma contribuição para o Ano da Fé, que tem início em outubro deste ano.

Para participar, os interessados devem preencher um cadastro e, em seguida, seguir algumas orientações divulgadas no site oficial do concurso:  www.concorsomusicasacra.com.

O tema das composições é o "Credo Apostólico", não o niceno-constantinopolitano mas o mais antigo que foi feito pelos apóstolos e que tem uma especial abertura ecumênica. 

"Oferece a possibilidade de uma retranscrição muito sóbria, solene, como é a linguagem típica da liturgia, mas também do concerto, se se deseja, para a música sacra já que é um texto sacro. E sobretudo, pode ser também ecumênico porque não tem um problema de tipo teológico, o problema de 'filioque', o Espírito Santo que provém do Pai e do Filho, que não é reconhecido pela Ortodoxia, isto é, pelas igrejas ortodoxas. Portanto, se a um musicista do oriente cristão interessar fazer uma música deste texto, teremos a possibilidade de propor-lhe também a um público diferente, como aquele das Igrejas ortodoxas", explicou o cardeal Ravasi. 

O prêmio para a composição será um reconhecimento de público e crítica, conferido por um júri internacional presidido pelo compositor Giya Kancheli. A obra vencedora, cujo autor receberá um prêmio em dinheiro de 5 mil euros, será publicada por Edizioni Musicali RAI Trade. 

A cerimônia de premiação será realizada com um concerto dos três finalistas em 14 de setembro em Perugia, Itália, durante o 67º Festival de Música Sacra, dedicado ao tema “Anjos e Demônios”.

domingo, 11 de março de 2012

Bento XVI: A violência é contrária ao Reino de Deus


Vaticano, 11 Mar. 12 / 12:49 pm (ACI/EWTN Noticias)

O Papa Bento XVI qualificou a violência como “contrária ao Reino de Deus, um instrumento do anticristo. A violência não serve nunca a humanidade, mas a desumaniza”.

Em sua mensagem prévia à tradicional oração do Ângelus, frente à multidão de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Papa refletiu sobre a passagem evangélica na que Jesus expulsa os vendedores de animais e os cambistas do Templo de Jerusalém.

Bento XVI assinalou que esse ato foi interpretado de uma forma política e revolucionária pelos que esperavam um Messias que libertasse ao Israel do domínio dos romanos, de uma forma violenta.

“Jesus decepcionou esta expectativa, ao ponto que alguns discípulos o abandonaram e Judas Iscariotes o traiu. Na verdade, é impossível interpretar Jesus como um violento”.

O Papa remarcou que o zelo de Jesus pelo Pai e por seu templo “o conduzirá até a cruz. O seu é o zelo do amor que paga em pessoa, não aquele que quisera servir a Deus mediante a violência”.

“Com a Páscoa de Jesus tem início um novo culto, o culto do amor, e um novo templo que ele mesmo, Cristo ressuscitado mediante o qual todo fiel pode adorar a Deus Pai em espírito e na verdade”.

O Santo Padre assinalou que “o Espírito Santo começou a construir este novo templo no seio da Virgem Maria. Por sua intercessão, oramos para que cada cristão se converta em pedra viva deste edifício espiritual”.

Cardeal de São Paulo se manifesta sobre a questão do aborto.



Dom Odilo P. Scherer

De novo, em pauta a questão do aborto. Estamos num ano eleitoral, os partidos vão costurando suas alianças e, como não podia deixar de ser, na pauta dos ajustes também entram questões polêmicas, em discussão há mais tempo pela opinião pública e também no Congresso Nacional.

Há quem gostaria que certos temas delicados não estivessem nos grandes debates político-eleitorais, talvez para não exigir uma tomada de posição clara perante os eleitores; prefere-se, então, qualificá-las como “questões religiosas”, das quais o Estado laico não se deveria ocupar, nem gastar tempo com elas na discussão política... Não penso assim.

Decisões sobre a vida e a morte de outros seres humanos, sobre o modelo de casamento, família e educação, sobre justiça social e princípios éticos básicos para o convívio social são questões do mais alto interesse e relevância política. Dizer que são “temas religiosos” significa desqualificar a sua discussão pública, relegando-os à esfera da vida privada, ou ao ativismo de grupos voltados mais para interesses particulares do que para o bem comum. Tirar da pauta política esses temas também poderia sugerir que pessoas sem religião não precisam estar vinculadas a valores e convicções éticas, o que é falso e até ofensivo.

Preocupo-me quando ouço que, no Brasil, a cada ano são realizados mais de 1 milhão de abortos “clandestinos” e que tantas mil mulheres (número bem expressivo!) morrem em consequência de abortos mal feitos! Há algo que não convence nesses números e afirmações. Sendo clandestinos, como pode alguém afirmar com tanta certeza dados tão impressionantes? Maior perplexidade ainda é suscitada quando isso é afirmado por uma autoridade representativa do Estado, mostrando que tem, supostamente, conhecimento seguro de uma violação aberta e grave da lei e nada fazendo para que ela seja respeitada para preservar tantas vidas! De fato, continua valendo a lei que veta o aborto indiscriminado no Brasil.

Esses números assombrosos ou estão pra lá de superdimensionados e manipulados para pressionar e atingir, de maneira desonesta, objetivos almejados, ou, então, alguém está faltando com seu dever de maneira consciente e irresponsável, deixando que a lei seja violada impunemente, em casos tão graves, nos quais vidas humanas inocentes e indefesas são ceifadas, às centenas de milhares, ou até na conta dos milhões!

É lamentável a morte de cada mulher em consequência de um aborto clandestino e mal feito. Lamentável também, e muito, é a sorte trágica de cada ser humano que tem a sua vida tolhida antes mesmo de ter visto a luz. Se há um problema de saúde pública a ser encarado, a solução não deveria ser a instrumentalização dessa tragédia humana para promover a legalização do aborto. Dar roupagem legal à tragédia curaria a dor e faria sossegar a consciência? Questão de saúde pública deve ser enfrentada com políticas voltadas para a melhoria da saúde e das condições de vida, e não para a promoção da morte seletiva. Uma campanha de conscientização sobre a ilegalidade das práticas abortistas protegeria melhor a mulher e o ser que ela está gerando. Haveria muito a fazer para alertar contra os riscos do recurso às clínicas – nem tão clandestinas – de “interrupção da gravidez”. Alguém conhece alguma campanha do governo ou alguma política pública para desestimular práticas abortivas contrárias à lei e arriscadas para a saúde da mulher? Não seria o caso de fazer?

Está em curso a discussão sobre a reforma do Código Penal Brasileiro; em muitas coisas, certamente, ele deverá ser revisto e adequado. Chama, no entanto, a atenção e merece uma reflexão atenta da sociedade a proposta relativa ao artigo 128, sobre novos casos de aborto “não puníveis”, além dos dois casos já previstos – risco de vida para a mãe e gravidez resultante de estupro (cf. http:/migre.me/845Dp).

No inciso I do artigo 128, propõe-se que não haja crime “se houver risco de vida ou à saúde da gestante”. A alusão ao “risco à saúde da mulher” é absolutamente vaga e, por si só, já ofereceria base para a universalização do aborto legal.

No inciso II, propõe-se que não haja crime se a gravidez resultar de “violação da dignidade sexual, ou do emprego de técnica não consentida de reprodução assistida”. O que se pretende qualificar como “violação da dignidade sexual”? O delito, neste caso, não aparece configurado e poderia ser facilmente alegado, sem que ninguém fosse capaz de comprovar a real ocorrência dos fatos. Além disso, a “reprodução assistida” já está legalizada e regulamentada no Brasil?

No inciso III do mesmo artigo, propõe-se que não haja punibilidade quando “comprovada a anencefalia, ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente, em ambos os casos atestado pelo médico”. Além da anencefalia, já em discussão no Supremo Tribunal Federal, acrescentam-se outras “graves e incuráveis anomalias”, o que é preocupante, pois isso abriria as portas para uma inaceitável, do ponto de vista ético, “seleção pré-natal” dos indivíduos considerados “aptos” a viver e o descarte de outros, considerados “inviáveis”.

É o controle de qualidade aplicado ao ser humano, já praticado em tempos passados por regimes condenados quase universalmente por suas práticas eugênicas. Vamos legalizar isso no Brasil agora?! No inciso IV, propõe-se que, “por vontade da gestante até a 12.ª semana de gestação, quando o médico constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade”, o aborto poderia ser praticado sem penalidades. Passa-se ao médico o peso da decisão sobre a vida ou a morte de seres humanos. Acho isso absolutamente inadequado!

É preciso refletir muito, para não legalizar a banalização da vida humana.

CARDEAL-ARCEBISPO DE SÃO PAULO

Livro sobre vida de dom Helder Camara é lançado na CNBB

Resgatar a memória sobre dom Helder Câmara. Este foi o principal objetivo da pesquisa do missionário redentorista padre Edvaldo M. Araújo, professor da Faculdade de Teologia e Ciências Religiosas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Ele é autor da pesquisa Dom Helder Câmara: Profeta-peregrino da justiça e da paz, tese de doutorado que foi agora publica pela editora Ideias e Letras. A obra foi lançada oficialmente nesta quinta-feira, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Brasília (DF).

O autor conta que a sua proposta na obra foi realizar um estudo do pensamento de uma pessoa interessante como dom Helder Câmara. “Ele não era teólogo, nem especialista em nada, mas tinha uma visão de teologia pastoral muito grande”, explica Edvaldo.

Sua principal fonte de pesquisa foi as mais de 500 conferencias proferidas pelo bispo entre 1964 e 1993, e que revelam o objetivo principal de sua missão: a realização plena do ser humano.

“Dom Helder enfrentou este grande desafio na vida: evangelizar na realidade de injustiça. Um grande profeta de nossa Igreja, que passou por muitas situações na vida, mas sempre procurando discernir a vontade de Deus, procurando ser fiel também ao povo”.

Edvaldo explica que seu estudo sobre dom Hélder revelou as suas propostas na área social e humana. “Percebi como ele teve como fonte em sua atuação o pensamento, o ensino, a doutrina da Igreja. É interessante como ele tentou colocar isso em prática” revela o autor.



sexta-feira, 9 de março de 2012

Bispo emite nota pastoral a respeito da retirada dos símbolos religiosos dos locais públicos da Justiça, no RS.


PELA GRAÇA DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
BISPO DE FREDERICO WESTPHALEN (RS)

Nota Pastoral a respeito da determinação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, estabelecendo a retirada dos símbolos religiosos dos locais públicos da Justiça.

O Conselho da Magistratura do TJ – RS determinou, nesta última terça feira, dia 06 de março, a retirada de todos os símbolos religiosos presentes nos prédios da justiça gaúcha.

O pedido para tal decisão tem a sua origem na Liga Brasileira de Lésbicas, através de uma solicitação protocolada em fevereiro de 2012. Tal decisão contraria o que a antiga administração do TJ – RS já tinha deliberado sobre esta questão, entendendo, na ocasião, não existir qualquer princípio preconceituoso na instalação de símbolos religiosos nas dependências dos prédios da justiça.

Como Bispo Diocesano, quero, através desta Nota Pastoral, expressar minha surpresa e meu repúdio a tal decisão.

É lamentável que o egrégio Tribunal de Justiça dobre-se diante da pressão de um grupo determinado, ideologizado e raivoso, contrariando a opinião da grande maioria da população do Estado do Rio Grande do Sul.

A interpretação dada pelo excelentíssimo relator daquilo que é a laicidade do Estado revela distorção de visão.

Como em outros países, orquestram-se movimentos pela expulsão do crucifixo das salas dos tribunais, das escolas e de outros lugares públicos, sob o pretexto de que o Estado deva respeitar as religiões que não adotam o mesmo símbolo, bem como aqueles que não adotam nenhuma forma de expressão religiosa.

Países com elevada tradição jurídica já rechaçaram tais argumentos, demonstrando cabalmente que a exposição passiva, em público, de símbolos religiosos não pode ser entendida como um proselitismo estatal de favorecimento a algum culto, ou como uma afronta à liberdade dos que ou não professam a fé em Cristo ou não professam algum tipo de fé.

No Brasil, o próprio Conselho Nacional de Justiça indeferiu tal pretensão, afirmando que a presença de um símbolo religioso, in casu o crucifixo em uma dependência de qualquer órgão do Judiciário, “não viola, não agride, não discrimina e nem sequer perturba ou tolhe os direitos e a ação de qualquer tipo de pessoa”, na expressão do então Conselheiro Oscar Argollo.

“A liberdade religiosa consiste na liberdade para professar a fé em Deus. Por isso, não cabe arguir a liberdade religiosa para impedir a demonstração da fé de outrem em certos lugares, ainda que públicos. O Estado, que não professa o ateísmo, pode conviver com símbolos dos quais não somente correspondem a valores que informam sua existência cultural, como remetem a bens encarecidos por parcela expressiva da sua população – por isso, também, não é dado proibir a exibição de crucifixos ou de imagens sagradas em lugares públicos”.

Diante de tal decisão, como Bispo Diocesano, venho solicitar:

1. AOS EXCELENTÍSSIMOS SENHORES MAGISTRADOS dos Fóruns das Comarcas presentes na área compreendida pela Circunscrição Eclesiástica da Diocese de Frederico Westphalen, RESPEITOSAMENTE, a entrega dos símbolos religiosos católicos (crucifixos, demais imagens sagradas, Bíblias, etc..), caso os mesmos pertençam ao Tribunal e não ao Poder Judiciário, para os respectivos párocos das Paróquias Sedes das mesmas Comarcas, para que os mesmos custodiem as referidas imagens e delas cuidem.

2. AOS REVERENDÍSSIMOS SENHORES PÁROCOS das Paróquias nas quais existam Fóruns, que recebam os símbolos religiosos católicos das mãos dos Excelentíssimos senhores Magistrados, emitindo um recibo em três vias, detalhando o que foi entregue, sendo uma via para o Excelentíssimo senhor Magistrado, uma via para a Paróquia e uma via para a Cúria Diocesana.

3. AOS SERVIDORES PÚBLICOS DA JUSTIÇA, que professam a fé católica, que mantenham os sinais religiosos católicos que costumam usar pessoalmente (terços, escapulários, medalhas, crucifixos, etc…) e que, no esmero do trabalho em favor da justiça, especialmente no serviço dos mais necessitados e carentes dela, demonstrem sua fé católica, mantendo Jesus Cristo, Nosso Senhor, sempre presente nestes ambientes públicos.

Podem nos tirar os crucifixos e as imagens expostas em locais públicos. Mas jamais poderão tirar de nós a fé e a adesão aos princípios e valores do Evangelho.


Dada e passada em nossa Sede Episcopal, aos sete dias do mês de março do ano do Senhor de dois mil e doze.
+ Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen (RS)